quinta-feira, 23 de abril de 2009

Eram os Deuses Astronautas?

Eram os Deuses Astronautas? (Chariots of the Gods?, em inglês) é um livro escrito em 1968 pelo suíço Erich von Däniken, onde o autor especula a possibilidade das antigas civilizações terrestres serem resultados de alienígenas que para cá teriam se deslocado.

Von Däniken apresentou como provas as confusas coincidências entre as colossais pirâmides egípcias e incas, as quilométricas linhas de Nazca, os misteriosos moais da Ilha de Páscoa, entre outras maravilhas do planeta. Ele também cria uma certa teoria de cruzamentos entre os extraterrestres e espécies primatas, gerando a espécie humana.

Dizia o autor também que esses extraterrestres eram considerados divindades pelos antigos povos: daí vem a explicação do título do livro.

Por seu incrível poder de persuasão, unido à época lançada - um ano antes do homem ir à Lua -, von Däniken conseguiu vender milhares de livros e convencer muitos leitores. As teorias defendidas neste e em outros livros de Däniken ainda são tema de discussão, leiga ou acadêmica, contrária ou favorável. Alguns autores exploram o tema da teoria dos astronautas antigos.

No Brasil Erich von Däniken ficou bastante conhecido quando o programa dominical da TV Globo chamado Fantástico fez uma matéria com este escritor. Na época este programa tinha muita audiência e na reportagem foram utilizadas diversas imagens que na época eram desconhecidas pela população brasileira e que causaram muita repercussão, como a exibição das linhas de Nazca.

Muitas fotos de círculos recentes foram falsificadas por computação gráfica. Mas existem relatos de uma época em que não existia computadores ainda, e relatos de muitas pessoas que viram os círculos em meio as suas plantações, provando a autenticidade das mesmas.

O que significam ainda é um mistério para a raça humana. Muitos estudiosos acreditam que exista milhões de planetas habitados, como o matemático, astro-físico e Doutor em cosmologia, Steven Hawking.

Talvez estes seres estejam tentando comunicar-se conosco, como nos casos dos círculos ingleses, mas com certeza suas culturas são totalmente diferentes das nossas, ficando praticamente impossível decifrar os estranhos desenhos.

A tentativa do homem em se comunicar com seres extraterrestres é imensa, talvez eles também estejam tentando se comunicar conosco. A nossa língua pode ser apenas um ruído de difícil compreensão para os seres extraterrestres, os nossos desenhos e manuscritos indecifráveis.

As figuras de Nazca podem ter uma explicação lógica, pois tudo indica que alguém que esteve no planeta terra, tentou se comunicar ou identificou um local para alguém ou algo vindo do alto ou do espaço.

Uma grande prova de que somos visitados por seres de outros planetas e até temos contato em algumas visitas desde tempos remotos, é o mapa do Almirante Turco Piri Reis (1470 – 1554)

Mapa do Almirante Piri Reis:

No mapa, podemos encontrar com perfeição as Américas e o Oeste da África, lembrando que somente alguns anos atrás, poderíamos produzir um mapa parecido com o do Almirante Piri Reis com tamanha precisão. Como que quase 500 anos atrás, o Almirante Piri Reis teria um mapa tão detalhado das Américas e do Oeste da África com tanta precisão? Teria ele viajado em alguma espécie de aeronave e visto a terra de cima? Teria algum ser extraterrestre feito o mapa? Não tem outra explicação a não ser estas, sendo que em sua época “500 anos atrás”, só existia navios, carroças e nenhuma tecnologia para produzir mapas tão precisos.

O Pesquisador Erich Von Daniken, afirma a visita de extraterrestres em um passado remoto. Para Daniken, não existe outra explicação, a não ser esta. Daniken ainda levanta a hipótese de sermos descendentes de seres extraterrestres, que por algum motivo, nos visitam desde tempos imemoriais.

Foi encontrado no Brasil por uma expedição com cerca de 20 homens (entre eles alguns índios) mais precisamente na Bahia no século XVII, uma cidade perdida no meio da selva. A cidade tinha imensos blocos de pedras com estranhas inscrições e figuras semelhantes com as que estão acima. Depois de vasculharem o lugar, a expedição não encontrou ouro, mas fizeram uma descrição minuciosa do lugar e um mapa razoável da região. Em 1838, o Instituto Histórico do Rio de Janeiro redescobriu os manuscritos da expedição e os mapas, catalogados como: Relação histórica de uma occulta e grande povoação antiguíssima sem moradores, que se descobriu no anno de 1753, sob o nº 512, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, onde permanece até hoje.

O lugar foi encontrado novamente em 1839, pelo padre Benigno José de Carvalho e Cunha, no qual afirmou ter visto em uma pedra o signo do rei Salomão e figuras de guerreiros hebreus, também encontrou obeliscos, ruas, praças, jardins e um imenso Templo dentro da cidade. Isso mostra a história de um Brasil antigo muito diferente da que nós imaginávamos. Seres vindo do espaço teriam visitado o Brasil na antiguidade, no qual construíram essa estranha cidade situada na Bahia na Serra do Sincorá? Ultimamente, a cidade encontra-se no esquecimento de todos, onde muitas pesquisas poderiam estar sendo feitas para sabermos realmente quem foram os nossos antepassados.

Alguns estudiosos também acreditam que os Fenícios estiveram no Brasil, uma prova desta afirmação, são as inscrições encontradas na pedra da gávea, no Rio de Janeiro, no qual a tradução diz: “Aqui Badezir, rei de Tiro, primogênito de Jetbaal...”.

A CONSPIRAÇÃO:

Esses seres foram confundidos com Deuses, pois na antiguidade, os homens não encontraram outra explicação para seres que vinham do espaço, a não ser esta. Tudo indica que no passado, realmente existiu uma civilização muito avançada, inclusive no Brasil, no qual acreditavam em seres vindos do espaço ou eram eles, os próprios extraterrestres. A NASA ou o governo pode conter os segredos das antigas figuras de aeronaves e astronautas, mas jamais divulgará ao público, pois como ficaria a nossa fé nos antigos Deuses?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Diferenças Entre as Ancestralidades

O conhecimento gerado pelos fantásticos avanços do Projeto Genoma Humano propiciou o desenvolvimento de uma rica tecnologia que está permitindo a reconstrução da história evolucionária da espécie humana, desde o seu aparecimento há 150.000 anos na África até os dias de hoje, após as suas incessantes migrações e ocupação progressiva de todos os rincões do globo. Esta tecnologia é baseada no estudo dos polimorfismos de DNA, ou seja, de regiões do genoma humano onde há diferenças entre indivíduos normais. Esta é a mesma metodologia usada em testes de paternidade pelo DNA, que foram introduzidos de forma pioneira na América Latina pelo GENE – Núcleo de Genética Médica, em 1988. Entretanto, as análises evolucionárias humanas não visam estabelecer a paternidade ou maternidade, mas sim fazer uma viagem ao passado genealógico do indivíduo pelo estudo de linhagens genéticas de seus antepassados. Trata-se de um teste de paternidade (e maternidade) de longo alcance.
Diferentes tipos de polimorfismos podem ser classificados de acordo com a sua natureza molecular e a sua localização no genoma humano e dentre eles podemos escolher os mais adequados para os nossos objetivos específicos. Polimorfismos localizados no DNA mitocondrial e no cromossomo Y (este último presente apenas em homens) permitem o estudo de linhagens humanas por causa das características únicas destes dois compartimentos genômicos, a saber:
(1) eles são herdados de apenas um dos genitores: o cromossomo Y é transmitido através do espermatozóide paterno apenas para filhos homens e o DNA mitocondrial é transmitido da mãe para filhos e filhas, mas só será transmitido para gerações posteriores pelas filhas mulheres;
(2) ao contrário dos outros cromossomos que existem em duas cópias, todas as pessoas só têm uma única cópia genética do cromossomo Y e do DNA mitocondrial;
(3) também ao contrário dos outros cromossomos, o cromossomo Y e o DNA mitocondrial não embaralham seus genes e suas características genéticas são passadas em bloco para a próxima geração, estabelecendo linhagens que permanecem inalteradas até que aconteça uma mutação genética, um evento muito raro. Uma boa analogia para um marcador de linhagem como o cromossomo Y e o DNA mitocondrial é o sobrenome de uma pessoa. Imaginemos um indivíduo hipotético chamado João Silva Souza. Ele herdou o sobrenome Silva de sua mãe e o sobrenome Souza de seu pai, e vai passar o sobrenome Souza intacto (sem embaralhá-lo com o Silva) para seus filhos e filhas. Assim, pode ser estabelecida uma linhagem que permanece inalterada até sofrer uma mutação, por exemplo, para Sousa. Se os sobrenomes fossem embaralhados, como a maioria dos genes o são, o João Silva Souza passaria para seus filhos sobrenomes novos feitos de combinações de pedaços de Silva e Souza, tais como Silza, Souva, etc.
Por outro lado, os polimorfismos localizados nos outros cromossomos localizados no núcleo da célula (com exceção do cromossomo Y) são herdados de ambos os pais, embaralham-se e assim fornecem simultaneamente informações sobre ambos os lados da família.
É importante entender as características básicas dos estudos de ancestralidade genômica, ancestralidade materna e ancestralidade paterna, porque ocasionalmente os resultados destes estudos podem parecer conflitantes ou antagônicos. Isto ocorre porque, na verdade, eles fornecem informações diferentes e complementares. Um bom estudo de genealogia por DNA deve incluir todos os três tipos. O Laboratório GENE tem a metodologia mais avançada do mundo para estimativa de ancestralidade genômica, os Multindels. Um estudo de populações de todo o mundo, demonstrando o poder de resolução dos Multindels, foi publicado em 2006 no prestigioso periódico inglês Annals of Human Genetics

sexta-feira, 3 de abril de 2009

As Metamorfoses de Piktor

O jovem Piktor entrou no Paraíso e se encontra diante de uma árvore que era ao mesmo tempo homem e mulher. Olha-a com veneração e pergunta: "És porventura a árvore da vida?". Quando no entanto em lugar da árvore, responde-lhe a serpente, Piktor volta-se para continuar seu caminho. Observa tudo com atenção: tudo o encanta no Paraíso. Pressente claramente que se encontra na origem, na fonte da vida.
Vê outra árvore que é agora ao mesmo tempo sol e lua. E Piktor pergunta: "És porventura a árvore da vida ?" 0 sol confirmou rindo; a lua sorriu.
Flores maravilhosas admiravam-no, flores de cores diversas, flores que tinham olhos e rostos. Algumas riam francamente , outras motejavam. Algumas não riam nem se moviam, permaneciam mudas, ébrias, mergulhadas em si mesmas, envoltas no seu próprio perfume, como sufocadas. Uma flor cantou-lhe a música do lilás; outra, uma canção de ninar azul escura. Uma flor tinha os olhos como safira dura; outra recordou-lhe seu primeiro amor; uma outra, a cor do jardim da sua infância, a voz de sua mãe e seu perfume. Uma ria, outra pôs a língua de fora, uma linguinha curva, rosada que se aproximou dele. Piktor estendeu sua língua para tocá-la. Sentiu o sabor acre e selvagem, com gosto de uva e de mel, e também como o beijo de uma mulher.
Ali, entre todas as flores, Piktor, sentiu-se repleto de nostalgia e receio. Seu coração bateu fortemente, como um sino, ardendo, ansioso por algo desconhecido,
Piktor viu então um pássaro deitado na relva, brilhando de tal maneira que parecia, possuir todas as cores. Piktor perguntou-lhe :"Oh pássaro, onde se encontra a felicidade ?'
— A Felicidade ? Mas em toda a parte: na montanha e no vale, na flor e no cristal,
O pássaro sacudiu alegremente suas penas, moveu o pescoço agitou a cauda, virou um olho e permaneceu imóvel sobre a relva. Repentinamente havia-se transformado numa flor; as penas eram folhas as patas, raízes. Piktor observou-o maravilhado.
Quase em seguida porém a flor-pássaro sacudiu suas folhas; cansara de ser flor e já não tinha raízes. Projetando-se languidamente para o alto, transformou-se em borboleta, movendo-se sem peso, toda luz.
Piktor maravilhava-se ainda mais. 0 alegre pássaro-borboleta voou em círculo em torno dele, brilhando como o sol; deslizou para a terra e como um floco de neve permaneceu ali, junto aos pés de Piktor . Respirou, tremeu um instante com suas asas luminosas e, repentinamente, transformou-se em cristal, de cujos cantos irradiava uma luz vermelha. Maravilhosamente brilhou entre a relva, como sinos gue tocam para uma festa.
Assim, brilhou a jóia...
Parecia porém que seu fim se aproximava, que a terra a atraía e a pedra preciosa foi diminuindo com rapidez, como se quisesse penetrar na relva.
Piktor, levado por um desejo imperioso, apanhou a jóia em suas mãos e a segurou. Com fervor admirou sua luz mágica; seu coração parecia transpassado de um desejo ardente por todas as aventuras.
Foi nesse instante que do galho de uma árvore morta deslizou a serpente e lhe sussurrou no ouvido; "A jóia se transforma no que quiseres. Dize rapidamente teu desejo, antes que seja tarde".
Piktor temeu perder a oportunidade de alcançar a felicidade. Com pressa disse a palavra secreta. E ..transformou-se numa árvore. Porque árvore era o que Piktor sempre desejara ser. Porque as árvores são repletas de calma, força e dignidade.
Cresceu penetrando suas raízes na terra e levantando sua copa para o céu, folhas e galhos novos surgiram do seu tronco. Estava feliz com isso. Suas raízes sedentas absorveram a água da terra, enquanto as folhas balançavam-se no azul do céu. Insetos viviam em sua casca e, no seu pé, as lebres e o porco-espinho encontravam abrigo.
No Paraíso, em sua volta, a maioria das coisas e dos seres se transformavam na corrente enfeìtiçada das metamorfoses.Viu feras que se transformavam em pedras preciosas ou que saíam voando como pássaros radiantes. Junto dele várias árvores desapareciam subitamente: mudavam-se em rios; uma se fez crocodilo, outra foi nadando, cheia de prazer, transformada em peixe. Novas formas, novos jogos. Elefantes transformaram suas roupagens em rochas; girafas se transformavam em flores monstruosas.
Mas ele, a Árvore-Piktor, permanecia sempre idêntica; não podia transformar-se mais.
Ao perceber isso, desapareceu sua felicidade e, pouco a pouco, começou a envelhecer, assumindo o aspecto cansado, sério e ausente que se observa em muitas árvores velhas.
Da mesma forma, os cavalos e os pássaros os seres humanos e todas as criaturas que perderam o dom da metamorfose, decompõem-se com o tempo, perdem sua beleza, enchem-se de tristeza e de preocupação.
Certa vez, uma menina se perdeu no Paraíso. Sua pele era vermelha e seu vestido azul. Cantando e dançando, aproximou-se da árvore-Piktor. Alguns macacos espertos riam-se alegremente atrás dela; os arbustos roçavam seu corpo com seus galhos, as árvores lançavam-lhe flores ou frutos, sem que ela percebesse. E quando a árvore-Piktor viu a menina, foi tomada de uma desconhecida saudade, de um imenso desejo de felicidade. Sentiu como se seu sangue gritasse: "Pensa, recorda hoje tua vida inteira, descobre um sentido. Se não fizeres isso será tarde demais e nunca mais serás feliz ;
E Piktor obedeceu. Recordou seu passado, seus anos de adulto, sua partida para o Paraíso e, sobretudo, aquele momento que precedeu sua transformação em árvore. Aquele maravilhoso instante em que aprisionara a jóia mágica entre suas mãos. Naquele momento, como todas as metamorfoses eram possíveis, a vida palpitava poderosamente dentro dele. Lembrou-se do pássaro que havia rido e da árvore sol e lua, Pareceu-lhe que naquela ocasião esquecera algo, deixara de fazer alguma coisa e que o conselho da serpente fora fatal.
A menina escutou o ulular das folhas da Árvore-Piktor, seus galhos murmurantes. Olhou para o alto e sentiu uma dor no coração. Pensamentos, desejos e sonhos desconhecidos agitaram-na. Atraída por essas forças, sentou-se à sombra dos seus galhos. Pensou compreender que a árvore era solitária e triste, ao mesmo tempo que emocionante e nobre em seu isolamento total. Embriagadora soava a canção dos galhos murmurantes. A menina apoiou-se contra o tronco áspero, sentiu-se comovida e um tremor a percorreu. Sobre o céu da sua alma passaram nuvens. Lentamente caíram de seus olhos lágrimas pesadas. O que seria aquilo ? Por que deveria sofrer ? Por que o coração desejava romper de seu peito, ansiando por alguma coisa além, por aquilo, a beleza solitária ?
A Arvore-Piktor tremeu em suas raízes e com veemência acumulou todas as forças de sua vida, dirigindo-as para a menina num desejo de unir-se a ela para sempre. Ah, deixara-se enganar pela serpente e era agora apenas uma árvore ; quão cego e estúpido fora: Tão estranho para ele fora assim o segredo da vida: Não, porque então teria pressentido obscuramente alguma coisa : E com enorme tristeza lembrou-se da árvore que era homem e mulher.
Foi então que um pássaro se aproximou voando em círculos, um pássaro vermelho e verde. A menina viu-o chegar. Algo caiu do seu bico. Luminoso como um raio, vermelho como o sangue ou como a brasa, precipitando-se sobre a relva, iluminando-a.
A menina inclinou-se para apanhá-lo. Era um carbúnculo, uma pedra preciosa.
Mal segurou a pedra nas mãos, cumpriu-se o desejo que seu coração suspirava. Extasiada, uniu-se e fez-se uma com a árvore, transformando-se num forte galho verde, que cresceu com rapidez até o céu.

Agora, tudo estava perfeito e o mundo estava em ordem. Somente naquele instante fora encontrado o Paraíso. Piktor não era mais uma árvore velha e preocupada. E por isso cantou alto, com força: "Piktóriá Vitória! Havia se transformado, mas alcançara a verdade, eterna metamorfose; porque, de metade, transformara-se em algo inteiro.
De agora em diante poderia transformar-se tanto quanto desejasse.
Para sempre correu pelo seu sangue a corrente enfeitiçada da Criação, tomando parte assim, eternamente, na criação que a cada instante se renovava. Foi peixe, pássaro, homem e serpente, nuvem e estrela; mas em cada forma estava inteiro, em cada imagem era um par, dentro de si tinha o sol e a lua, era homem e mulher. Como rio gêmeo corria pelos países; como estrela dupla atravessava o céu.

(Adaptado livremente da parábola de mesmo nome de Hermann Hesse)