sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sistema Digestório

Esôfago é um tubo muscular com mucosa que leva o alimento da faringe ao estômago (tubo fibro-músculo-mucoso).

Sofre 3 constricções: do brônquio principal esquerdo; artéria aorta torácica e do diafragma

Esôfago cervical – músculo estriado
Esôfago torácico – estriado e visceral
Esôfago diafragmático – tecido muscular visceral

Hiato esofágico – quando ultrapassa o músculo diafragma
Omento maior – pele que reveste o abdome
Esfíncter cárdio – antes de chegar no estômago (entre o estômago e o esôfago)

Estômago – artéria gastro hepiploica (D/E)

Têm 2 curvaturas: maior e menor(tem a incisura angular e o omento menor que fica entre o fígado e o estômago).

§ Corpo do estômago – com micro vilosidades
Antro-piloro – porção mais lisa
Piloro (o redondo)
Esficter pilórico (o buraco que vai para o duodeno)
Artérias abaixo do omento maior são as mesentéricas

§ Porção descendente do estômago – tem um ducto colédono que dele sai a bile e o suco pancreático.

Apêndice Vermiforme

Intestino Delgado – varia de 5 a 8 metros, local onde fica o bolo alimentar.

§ Duodeno – possui 3 porções: parte superior; parte descendente(tem o ósteo do ducto colédono); parte inferior(horizontal e ascendente).

§ Jejuno – dois terços do intestino delgado.

§ Íleo – um terço do intestino delgado.

Intestino Grosso – local onde fica o bolo fecal, 6,5 cm de diâmetro e 1,5 m de comprimento e está preso na porção posterior do abdome pelo mesencolo.

§ O íleo se liga ao intestino grosso.

§ Entre o íleo e a 1ª porção do intestino grosso (ceco) tem a válvula íleo-cecal.

§ Ceco

§ Cólon ascendente

§ Flexura hepática ou direita do abdome (embaixo do fígado)

§ Cólon transverso

§ Flexura esplênica ou esquerda do abdome (fica entre o baço e o rim)

§ Cólon descendente

§ Cólon sigmóide (antes de chegar na ampola retal)

§ Ampola retal

§ Reto

§ Haustros (saculações do intestino grosso) – fica grudado no omento maior

§ Tênia livre / Apêndice Epiploica

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sistema Endócrino

Sistema endócrino é formado pelo conjunto de glândulas que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios.
Freqüentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao sistema endócrino informações sobre o meio externo, enquanto que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino em conjunto e subordinado ao sistema nervoso actuam na coordenação e regulação das funções corporais.

1) Hipófise
Localização: Interior do crânio (principal glândula endócrina do corpo), porém depende do hipotálamo que pertence ao sistema nervoso.

Divisão:
à Adeno hipófise (anterior)
a) GH à Hormônio do crescimento
b) TSHà Tireóide
c) ACTHà Glândula supra-renal
àNeuro hipófise (posterior)
a) Oscitocina: Contração uterina, Ejeção de leite
b) Antidiurético(ADH): Regula a água no corpo

2) Tireóide
Localização: Pescoço na frente da paratireóide
Produz: T3 e T4 à controlam o metabolismo, controla o peso e o gasto energético

3) Paratireóide
Localização: Pescoço atrás da tireóide
Produz: Paratormônio
a) Hiper à Petrificação do rim, dos músculos, das veias e artérias
b) Hipo à Osteoporose retirada de cálcio(Ca++) dos ossos

4) Supra- renal ou Adrenal (nos quadrúpedes)
Localização: Abdômen acima do rim
Produz: Adrenalina, corticóide (antiinflamatório), aldosterona, andrógenos (testosterona).

Divisão:
a) Medula à Adrenalina
b) Córtex





5) Pâncreas
Localização: Abaixo do estômago e ao lado do duodeno
Produz: Insulina
a) Passaporte para a glicose entrar na célula
b) Glucagon
à Misto pois, produz insulina (endócrino) e produz suco pancreático (exócrino)

6) Ovários
Localização: Dentro da pelve próximo ao útero
Hormônios:
a) Estrogênio à Importante na gestação
b) Progesterona à Importante para a estação (menstruação)
à Regulam o ciclo menstrual da mulher ate a menopausa (Atrofiação do ovário), e é misto também, pois produz hormônios (endócrinos), e produz o óvulo (exócrino).

7) Testículos
Localização: Os testículos se concentram no saco escrotal
Produz: Testosterona

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sistema Respiratório

Nariz
§ Externo (estrutura muscular e cartilagínea)
tem septo cartilagíneo – 2 narizes (D e E divididos pelo septo nasal, pelo vômer e uma lamina perpendicular do osso etimoide)
§ Interno

Etmóide – osso do nariz
Vibrisas – pelos do nariz (filtram o ar)
Secreção mucosa – meleca
Úvula – campanhia da garganta
Tonsilas - amídalas
Temos 3 conchas nasais: superior, média e inferior (turbilhonam o ar)
Meatos nasas: superior, médio e inferior (são os espaços)
Coanas nasais – canais internos direito e esquerdo
Seios paranasais – formados por: seios maxilares direito e esquerdo; seios frontais direito e esquerdo; seio etmoidal e seio esfenoidal

Faringe
Na base do crânio existe um tubérculo faríngeo que prende a farinde qur por sua vez é um tudo muscular que possoi 3 aberturas em sua porção anterior.
Tubo faríngeo tem 3 regiões:

§ Nasofaringe (nariz)
Para passar o ar

§ Orofaringe (boca)
Além de passar ar passa o alimento que vem da boca

§ Laringofaringe (laringe)
Termina onde começa a laringe, passa mais ar que alimento

OBS.: Nariz e Faringe – V.A.S. (vias aéreas superiores)

Laringe

Cartilagem tireódea - faz parte da laringe
Anel cricóideo – cartilagem cricóide
Pregas vocais – músculos que liberam o som
A superior é a verdadeira ou vestibular
A inferior é falsa ou corda vocal
Nervo vago – ele que faz a inervação da laringe

Traquéia

É um tubo muscular carilagíneo com ligamentos anulares entre os anéis.
Montada por 16 a 20 anéis cartilagíneos hialina em forma de C (abertos posteriormente) e em sua porção posterior possui músculo liso com fibras longitudinais.
Começa na extremidade inferior da laringe.
Está mais próxima do pulmão direito.

Carina da traquéia – no final da traquéia que vai ter duas ramificações (brônquio principal direito e esquerdo), local onde o Nervo Vago está preso. É um centro reflexo vagal da produção da tose

Brônquio Principal Direito – mais vertical, mais curto e mais calibroso do que o esquerdo.

Hilo – local de entrada e saída (vasos, artérias e brônquios principais direito e esquerdo)
Ápice do pulmão – fica na parte superior se encontra acima da clavícula

Impressão cardíaca ou pericárdica no pulmão esquerdo.
Impressão diafragmática na base dos pulmões
Impressões costais ficam antero-lateral

Pleura pulmonar – aderida diretamente no pulmão
Pleura parietal – aderida na face interna das costelas
Cavidade pleural – contém o líquido pleural, fica entre a pleura pulmonar e a parietal

Brônquios Principais (cartilagem hialina e músculo liso)
Brônquios lobares (cartilagem hialina e músculo liso)
Brônquios Segmentares (cartilagem hialina e músculo liso)
Brônquíolos (músculo liso sem cartilagem)
Ductos alvelares (canais que levam oxigênio para os alvéolos)
Alvéolos (visão microscópica com aspectos de uvas)

PULMÃO DIREITO

Têm 2 fissuras: horizontal e oblíqua
Têm 3 lobos: superior, médio e inferior
Encontramos: sulco da V. ázigo, em arco superior ao hilo; sulco da V. cava superior, vertical acima do hilo

Brônquio lobar superior Direito

§ Brônquio segmentar apical
§ Brônquio segmentar anterior
§ Brônquio segmentar posterior


Brônquio lobar médio Direito

§ Brônquio segmentar lateral
§ Brônquio segmentar medial



Brônquio lobar inferior Direito

§ Brônquio segmentar superior
§ Brônquio segmentar basal posterior
§ Brônquio segmentar basal médio
§ Brônquio segmentar basal lateral
§ Brônquio segmentar basal anterior


PULMÃO ESQUERDO

Só tem 1 fissura obliqua
Tem 2 lobos: superior e inferior
Tem uma língula no lobo superior
Encontramos: sulco aórtico, vertical acima do hilo e anterior à impressão esofágica; impressão e incisura cardíaca

Brônquio lobar superior Esquerdo

§ Brônquio segmentar apical
§ Brônquio segmentar anterior
§ Brônquio segmentar posterior

Brônquio lobar inferior E

§ Brônquio segmentar basal superior
§ Brônquio segmentar basal posterior
§ Brônquio segmentar basal médio
§ Brônquio segmentar basal lateral
§ Brônquio segmentar basal anterior

Língula

§ Brônquio segmentar lingular superior
§ Brônquio segmentar lingular inferior

domingo, 7 de dezembro de 2008

Sistema Cardiovascular

Átrio direto e esquerdo (divididos pelo septo interatrial)
Ventrículo direito e esquerdo (divididos pelo septo interventricular)

Pericárdio fibroso (parte de fora)
Fase que está atrás do pericárdio fibroso é a lâmina parietal
Fase que está no epicárdio é a lâmina visceral
Essas duas lâminas formam o pericárdio seroso
O espaço entre as lâminas é chamado de cavidade pericárdica que possui um líquido pericárdio que serve para lubrificar e diminuir o atrito.

V. cava superior e inferior – chega ao átrio direito
V. cava inferior – recebe o sangue venoso do corpo.
V. cava superior – cabeça, pescoço e coronárias

Marcapasso, nó ou nódulo atrial – parte dura do átrio direito (perto da V. cava superior)

Art. Aorta ascendente
Arco da Aorta
Art. Aorta descendente

Arco da aorta encontra-se:

§ tronco bráquio cefálico -- tem duas ramificações: Art. subclávia direito e Art. carótida comum direita
§ art.carótida comum Esquerda
§ art. Subclávia Esquerda

Artérias coronárias têm cinco ramificações:

§ ramo interventricular anterior
§ ramo marginal
§ ramo marginal
§ ramo interventricular posterior
§ arco circunflexo (Art. coronária direita com a esquerda)

______________________________________________________________________

Aorta (amarelo maior - posterior)
Válvula bicúspide ou mitral (amarelo menor - esquerda)
Válvula tricúspide (azul maior - direita)
Válvula do tronco pulmonar (azul - anterior)






§ Na artéria aorta tem três valvas semilunares:

1. Valva semilunar posterior da artéria aorta
2. Valva semilunar D da art. Aorta – ósteo da artéria coronária direita
3. Valva semilunar E da art. Aorta – ósteo da artéria coronária esquerda

§ Na válvula do tronco pulmonar encontramos três valvas semilunares:

1. Valva semilunar anterior do tronco pulmonar
2. Valva semilunar direita do tronco pulmonar
3. Valva semilunar esquerda do tronco pulmonar


OBS:Artéria pulmonar direita e esquerda: São as duas únicas artérias que transportam sangue venoso.

V. pulmonar superior direita e esquerda
V. pulmonar inferior direita e esquerda
OBS.: Essas quatro veias são as únicas que tem sangue arterial e o levam para o átrio esquerdo aurícula esquerda

Átrio direito e ventrículo direito se conectam pela válvula tricúspide
Átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo se conectam pela válvula bicúspide

INTERNAMENTE

Cordas tendíneas (estão entre as válvulas semilunares e os músculo papilares)
Músculo papilar (ele é meio oval)
Músculo pectíneo (linhas)
Trabéculas carneas (espaços entre o músculo pectíneo)


NOMES DA AORTA DE ACORDO COM O CAMINHO

Art. Aorta torácica;
Art. Aorta diafragmática ou hiato diafragmático;
Art. Aorta abdominal;
Art. Aorta ilíaca comum;


MM.II.


Ramifica-se em:
Art. Aorta ilíaca externa;
Art. Aorta ilíaca interna;
Art. femoral;
Art. poplítea (no joelho);





Ramifica-se em:
Art. fibular e tibial;
Art. plantar;
Art. arco plantar;
Art. digital I,II,III,IV e V


MM.SS.

Art. subclávia
Art. axial;
Art. umeral;
Art. Radial e ulnar;
Art. palmar;
Art. arco palmar;
Art. digital I,II,III,IV e V



OBS.:

§ Os músculos pectíneos se prendem no endocárdio que é a camada mais interna do coração

§ Miocárdio é a camada media do coração (camada muscular - gordinho)

§ Epicárdio é a camada mais externa do coração (junto com a lâmina visceral – não se separam)

§ As valvas semilunares são presas pelas cordas tendíneas que estão presas no músculo papilar e eles estão presos nos músculos pectíneos que são presos no endocárdio.

§ Sino átrio ventricular (conjunto de células nervosas responsáveis pela transmissão de impulsos nervosos através do septo interventricular) – se encontra no septo átrio ventricular direito

§ Frenos pericárdio se encontra no ápice do coração e prende o pericárdio fibroso ao diafragma

§ Tronco pulmonar se ramifica em: Artéria pulmonar direita e esquerda

§ Feixe de Hiss (nome do caminho por onde o impulso nervoso passa) está localizado no miocárdio, e se divide em ramos direito e esquerdo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O presente ameaça o futuro

Os vegetais são dotados de um produto produzir seu próprio alimento, logo são denominados autótrofos. Esse processo é possível pelo fenômeno da fotossíntese. Deve se ao fato do vegetal conseguir retirar da atmosfera o gás carbônico (CO2) necessário como produto do processo químico, e onde o oxigênio (O2) é o produto final, excretado para a atmosfera. O processo promovido pela fotolise da água alem de liberar prótons (H+) e elétrons (e-) realiza a produção do oxigênio (O2). Na fotossíntese ocorre à transformação de energia, a troca gasosa com a atmosfera e a produção de carboidratos para o vegetal.
Os seres fotossintetizantes são:
· Cianobacterias (Monera – “Algas Azuis”). Possuem lamelas e pigmentos.
· Algas (Protistas). Possuem cloroplastos
· Plantas (Plantae). Possuem cloroplastos e são as briófitas, pteridofitas, gimnosperma e angiosperma.
Com todo esse mecanismo pode-se ter uma possível idéia do processo de evolução dos seres vivos. Com essa capacidade de produzir seu próprio alimento passou a ser a base da cadeia alimentar fotossintetizante. Também podemos ressaltar a importância da eliminação de oxigênio (O2) para a atmosfera pelo processo de fotossíntese que os vegetais realizam. Outro passo muito importante e] fundamental para corroborar com essa idéia de evolução é que são seres vivos capazes de retirar do meio ambiente gás carbônico (CO2), que serve para seu metabolismo.
Com a evolução da vida na terra, evoluem-se juntamente as modificações que os seres provocaram na superfície da terra. Desmatamento, poluições, lançamento de gases na atmosfera e outras formas de liberação de poluentes na atmosfera podem causar modificações. Um exemplo e a emissão de gás carbônico (CO2). Quando a concentração aumenta, provoca uma alteração, uma modificação nos padrões naturais dos ciclos biogeoquímicos do planeta. Uma variação muito drástica nesse padrão pode provocar um aumento demasiado na temperatura do planeta, denominado de efeito estufa.
Esse é um dos pontos para o aquecimento global. Provoca inúmeros efeitos ao meio ambiente. O aquecimento global, um aumento na temperatura media da terra, provoca dentre outros problemas, o derretimento das geleiras, logo modificando os ciclos naturais tanto para os animais quanto para os vegetais.
Um ponto positivo dos vegetais, é que eles conseguem “seqüestrar” gás carbônico (CO2) da atmosfera para realizar parte de seu metabolismo e com esse processo libera oxigênio (O2) para a atmosfera como produto da reação metabólica dos vegetais. Um processo que, por mais simples que possa parecer, é fundamental para manter instável a concentração de gás carbônico e oxigênio presentes na atmosfera.
Outro ponto positivo dos vegetais, é que eles são aproveitados também na produção de combustíveis, os biocombustíveis. São extraídos dos óleos vegetais e por meio da biotecnologia transformados em combustível. Porem tudo em excesso causa problemas, e não seria diferente nesse caso. A utilização de biocombistíveis se tornou muito lucrativo e muito prejudicial para o meio ambiente, em particular aos solos. A monocultura dos solos promove o empobrecimento e escassez do mesmo. Alem do fato de que, vastos hectares são devastados para o plantio de plantas de interesse. Isso promove também conseqüências para o clica mundial.
Os vegetais são indispensáveis para a formação e manutenção da vida no mundo. Eles proporcionaram a criação de uma camada em volta do planeta, composta de oxigênio e outros gases. Acredita-se que tudo começou nos oceanos, mais especificamente com o surgimento de algas unicelulares capazes de produzir seu próprio alimento (autótrofas). Com a extinção em massa dos vegetais o próximo passo seria a extinção em massa de toda a vida dos animais do planeta. Todos os animais heterótrofos são altamente dependentes dos seres fotossintetizantes, mas especificamente dos vegetais, pois eles formão a base de toda a cadeia alimentar. Eles são responsáveis pela introdução de aminoácidos e outras substâncias importantes para o metabolismo dos animais, um exemplo claro dessa dependência é o nitrogênio. Sem tais substâncias não seriamos capazes de sintetizar os aminoácidos essenciais para conseguir viver.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Moluscos

Os moluscos (do latim molluscus, mole) constituem um grande filo de animais invertebrados, marinhos, de água doce e/ou terrestre, que compreende seres vivos como os caramujos, as ostras e as lulas.
Esses animais têm um corpo mole e não-segmentado, muitas vezes dividido em cabeça (com os órgãos dos sentidos), um pé muscular e um manto que protege uma parte do corpo e que muitas vezes secreta uma concha. A maioria dos moluscos é aquática, mas existem muitas formas terrestres como os caracóis.
O filo Mollusca é o segundo filo com a maior diversidade de espécies, depois dos Artrópodes (cerca de 50 000 espécies viventes e 35 000 espécies fósseis) e inclui uma variedade de animais muito familiares. O filo abrange formas tais como as ostras, as lulas, os polvos e os caramujos.
Os moluscos são variados e diversos, incluindo várias criaturas familiares conhecidas pelas suas conchas decorativas ou como marisco. Variam desde os pequenos caracóis até ao polvo e à lula (que são considerados os invertebrados mais inteligentes). A lula - gigante é possivelmente o maior invertebrado, e, excetuando as suas larvas e, para além de alguns espécimes jovens recentemente capturados, nunca foi observada viva. A lula - colossal poderá ser ainda maior.
Possuem um sistema digestivo completo (da boca ao ânus). Os gastrópodes e os cefalópodes apresentam uma estrutura chamada rádula, formada por dentículos quitinosos que raspam e trituram o alimento.
Os bivalves apresentam um estilete cristalino, responsável por colaborar na digestão ao libertar enzimas digestivas.
O sistema circulatório é aberto, com exceção dos cefalópodes, que exigem alta pressão, pois se locomoverem rapidamente.
Os moluscos também possuem uma grande importância nas cadeias alimentares, sendo detritívoros, consumidores de microrganismos, predadores de grandes presas (peixes, vermes...) e herbívoros (alimentando-se assim de algas e outras plantas).
BIVALVES
Bivalvia (do latim bi, duplicado + valva, porta de duas folhas, valva) anteriormente Pelecypoda e Lamellibranchia, é a classe do filo Mollusco que inclui os animais aquáticos popularmente conhecidos como bivalves. Estes organismos caracterizam-se pela presença de uma concha carbonata formada por duas valvas. Esta concha protege o corpo do molusco, entre elas há o pé muscular e os sifões inalantes e exalantes para a entrada e saída da água, que traz oxigênio, depois absorvido por difusão direta pelas lâminas branquiais, assim como alimento e também aumenta o risco de intoxicações, pois este tipo de alimentação é comum em animais fixos representando um grande risco caso a ostra e/ou marisco entre em contato com poluição. O grupo surgiu no Cambriano e é atualmente muito diversificado, com cerca de 15, 000 espécies. A separação das diferentes subclasses faz-se pelo tipo e estrutura das guelras nos organismos vivos, e pelas características das valvas nos bivalves fósseis. O mexilhão, a anêmona e o coquilhe são exemplos populares de bivalves que servem como alimento ao Homem. As ostras são também a origem das pérolas.
Morfologia da concha
A concha dos bivalves é em primeira análise semelhante à dos branquiopodes, uma vez que é constituída por duas valvas. A principal diferença reside no fato de, nos branquiópodes, as duas valvas serem desiguais (inequivalves), mas simétricas em relação a um plano médio imaginário. Pelo contrário, nos bivalves, as valvas são iguais, mas inequilaterais.
As duas valvas são unidas por ligamentos e músculos adutores. O ligamento, composto pelo resílio e tensílio, controla a abertura das valvas que se dão quando esta estrutura está em repouso. O bivalve fecha a concha através da contração dos músculos adutores, que podem ser um ou dois, conforme a espécie. A geometria e distribuição das cicatrizes dos músculos adutores no interior da valva é um critério importante na classificação dos bivalves atuais e fósseis. A zona mais antiga da valva é o umbo, uma saliência localizada na zona Antero - dorsal de cada valva, em torno da qual se dispõem linhas de crescimento radiais. Com esse conhecimento se torna possível classificar os diferentes tipos de bivalves.
GASTROPODES
Os gastrópodes (Gastrópode, do grego gaster, estômago + pous, podos, pé) constituem um grande classe de moluscos, sendo a mais bem sucedida dentro do seu filo. Conta com cerca de 60, 000 a 75, 000 espécies atuais que incluem os caracóis e lesmas terrestres, bem como um grande número de formas marinhas e de água doce. O registro fóssil dos gastrópodes é igualmente abundante.
A grande maioria dos gastrópodes tem o corpo protegido por uma concha, geralmente espiralada sobre o lado direito embora algumas formas, como as Lapas, tenham evoluído uma concha mais simples. Os gastrópodes apresentam uma cabeça bem marcada, munida de dois tentáculos quimiorreceptores e outros dois tentáculos fotorreceptores e uma boca com rádula. A cabeça encontra-se unida a um pé ventral musculado em forma de pala. O seu desenvolvimento embrionário caracteriza-se por torção da massa visceral, coberta pelo manto, que surge no adulto enrolada sobre um dos lados de forma a ser acomodada na concha. As lesmas têm uma concha apenas vestigial e, em conseqüência, os efeitos deste enrolamento são diminutos sendo o corpo linear.
O modo de alimentação dos gastrópodes é bastante variado e controla o tipo de rádula presente em cada espécie. Os gastrópodes herbívoros têm rádulas fortes que usam para raspar algas do substrato rochoso ou triturar folhas e caules. As formas detritívoras e filtradoras têm uma rádula simples ou ausente. Os gastrópodes carnívoros têm peças bucais sofisticadas e algumas formas, como os Conus, são predadores ativos que caçam pequenos peixes com uma espécie de arpão e existem relatos de morte de humanos devido à toxidade desses animais. Muitos dos gastrópodes marinhos têm modo de vida endobentónico, isto é, vivem enterrados no subsolo. Estas formas apresentam um sifão extensível que atua como um respirador, permitindo ao animal o contacto com a água carregada de oxigênio.
O sistema respiratório dos gastrópodes é igualmente variável consoante o modo de vida. As formas marinhas respiram através de brânquias, enquanto que as terrestres têm uma cavidade no manto muito vascularizada que toma a função de pulmão. Todos os gastrópodes terrestres pertencem à ordem Pulmonata, as outras formas são parafiléticas.
Algumas formas de gastrópodes marinhos são bastante coloridas, como forma de camuflagem, enquanto outras são bastante venenosas.
CEFALOPODOS
Os Cefalópodes (Cephalopoda, do grego kephale, cabeça + pous, podos, pé) são a classe de moluscos marinhos a que pertencem os polvos, as lulas e os chocos. Os cefalópodes, que estão entre os invertebrados mais inteligentes e mais rápidos apresentam o corpo dividido em cabeça, massa visceral e tentáculos. Conhecem-se cerca de 800 espécies atuais de cefalópodes.
Os cefalópodes apresentam um corpo com simetria bilateral, uma cabeça e olhos bem desenvolvidos, a boca redonda de um bico quitinoso e rodeada por uma biga de tentáculos, é também na boca que existe a característica mais marcante dos cefalópodes, a rádula (espécie de lixa).
São animais extremamente rápidos, tendo desenvolvido um sistema de propulsão na forma de jato-propulsão, que é uma adaptação dos sifões para auxiliar e aumentar a locomoção. A pele contém células pigmentadas, chamadas cromatóforos, que muda de cor para efeitos de comunicação e camuflagem, esta mudança de cores é dada por ações nervosas diretas. Os estatocistos são os órgãos de equilíbrio uma adaptação trazida dos platelmintos.A concha está ausente nos polvos, é interna nos chocos e lulas e é externa no nautilus e no argonauta. As lulas e polvos apresentam a chamada "glândula de tinta". Quando o animal é atacado, ele elimina o conteúdo preto da glândula, que o envolve em uma nuvem escura e lhe permite fugir do inimigo. Esta tinta é o famoso nanquim legítimo dos pintores chineses.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Anelídeos

Vulgarmente chamam-se anelídeos (Annelida - do latim annelus, pequeno anel + ida, sufixo plural) aos vermes segmentados - com o corpo formado por "anéis" - do filo Annelida como a minhoca e a sanguessuga. Existem mais de 15.000 espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos desde menos de um milímetros ate com mais de 3 metros.
Anatomia
Os anelídeos são animais de corpo alongado, segmentados, triblásticos, protostomicos e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo cheia de um fluido onde os órgãos se encontram suspensos e com Simetria Bilateral.
Os oligoquetos e os poliquetas possuem celomas grandes, mas, nos sanguessugas, o celoma está preenchido por tecido e reduzido a um sistema de estreitos canais. Em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção dos sistemas nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência.
Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, é coberto por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais.
Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de colágeno; as sanguessugas (Hirudínea) têm uma camada dupla de músculos, sendo os exteriores circulares (controlam o diâmetro) e os interiores longitudinais (movimentos ântero-posteriores).
A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de cerdas, mas os Polychaeta (as minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parápodes (ou "falsos pés") que auxiliam na locomoção.
Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o protostómio onde se encontram os olhos e outros órgãos dos sentidos. Por baixo, encontra-se o peristômio, onde está a boca. A extremidade posterior do corpo é o pigídio, onde está localizado o ânus e os tecidos que dão origem a novos segmentos durante o crescimento.
Muitos poliquetas possuem órgãos de sentidos bastante elaborados, mas as formas sésseis muitas vezes apresentam tentáculos em forma de pluma, que eles utilizam para se alimentarem. Para, além disso, muitas espécies têm fortes maxilas, por vezes mineralizadas com óxido de ferro.
O tubo digestivo é bastante especializado, devido à variedade das dietas, uma vez que muitas espécies são predadoras, outras detritívoras, outras se alimentam por filtração, outras ainda ingerem sedimentos, dos quais o intestino tem de separar a parte nutritiva. Finalmente, as sanguessugas são oportunistas e podem alimentar-se de sangue de outros animais, por sucção.
O sistema vascular é fechado, que auxilia e mantêm o animal sempre em forma de cilindro (armado) e composto por um vaso sanguíneo dorsal que leva o "sangue" no sentido da caudal e outro ventral, que o traz na direção oposta.
O sistema nervoso é formado por um cordão ventral, a partir do qual saem nervos laterais em cada segmento.
Existem anelídeos sedentários como a Sabela, a Sérpula e o Espirógrafo, e possuem numerosas sedas. Ligam-se ao solo através de um tubo feito do líquido que segregam e que juntam areia e pedra. O Espirógrafo apresenta como o seu nome indica uma forma de espiral.
A respiração dos Anelídea ocorre através de brânquias (Poliquetas) ou cutânea (Oligoquetos e Hirudíneas).
Reprodução
A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto assexuada como sexuada. Embora as minhocas sejam animais hermafroditas, são necessárias duas minhocas para a reprodução. Elas se unem de forma a ficarem os poros masculinos de uma encostados aos receptáculos seminais de outra, possibilitando, assim, a fecundação dos óvulos pelos espermatozóides.
Poliquetas
Animais marinhos com muitas cerdas, inseridas em projeções laterais ao corpo chamadas parapódios.
O primeiro anel do corpo desses animais forma a cabeça que é destacada do resto do corpo do animal. Raramente são hermafroditas; a maioria possui sexos separados. Exemplos: nereida, sérpula

Oligochaeta
As minhocas são animais anelídeos da classe Oligochaeta, distribuídas pelos solos úmidos de todo o mundo, algumas de apenas centímetros e outras com um a dois metros de comprimento, caso da minhocuçu. O seu corpo é formado por anéis (segmentos corporais).
Elas vivem enterradas (são animais subterrâneos), escavam galerias e canais, buscando abrigo e restos vegetais, seu principal alimento, ingerido com grandes quantidades de terra. Elas são, portanto, animais detritívoros, pois se alimentam de detritos de várias origens, que compõem o húmus.
As minhocas têm o corpo cilíndrico, alongado, com a boca e o ânus, em extremidades opostas. Possui um anel mais claro, o cliteto, mais próximo da região anterior.
Passando o dedo na sua região ventral, de trás para frente, sentimos que a pele do animal é áspera, devido à presença de fileiras de microscópicas cerdas de quitina. As minhocas fixam as pontas das cerdas no solo, facilitando o seu deslocamento, quando contrai a forte musculatura da parede do corpo.
A epiderme das minhocas é coberta por uma fina cutícula de quitina e produz bastante muco, o que as torna viscosas, diminuindo o atrito com o solo e facilitando o deslocamento. O muco ainda protege a pele quando em contato com substâncias tóxicas ou nocivas e garante a umidade indispensável para as trocas dos gases respiratórios em toda a superfície do corpo. Esta é a chamada respiração cutânea.
As minhocas são hermafroditas, pois cada indivíduo tem testículos e ovários. No entanto, o animal não se reproduz sozinho, dependendo sempre da união com outro para a troca de espermas, o que é chamado de fecundação cruzada. Na cópula, os dois animais se unem pelo clitelo, que produz bastante muco. Feita a troca de espermas, os dois vermes se separam. Em seguida, cada um dos vermes produz um casulo cheio de ovos, depositando-o no solo. Após alguns dias, pequenos vermes saem dos casulos.
Hirudíneos
São animais que não possuem cerdas, com ventosas ao redor da boca e na região posterior do corpo que auxiliam na locomoção.
Podem ser aquáticos e terrestres. As sanguessugas representam essa classe. Algumas sanguessugas são parasitas externos, alimentando-se de sangue. Nesse caso fixam-se à pele do hospedeiro por meio das ventosas.
Os Órgãos Internos
Possuem um sistema digestivo completo, que inicia na boca e termina no ânus. Na sua porção anterior, há uma grande câmara, o papo, e, em seguida, uma moela, que tritura o alimento. Segue-se um longo intestino, até o ânus, no último segmento.
O sistema circulatório é fechado, com uma grande rede de vasos muito finos, os capilares, sob a pele, para a troca de gases com o ambiente. É o mesmo tipo de circulação dos vertebrados. O sangue das minhocas é vermelho, por causa da hemoglobina, o mesmo pigmento encontrado nos glóbulos vermelhos dos vertebrados.
Em cada segmento do corpo há uma câmara interna, cheia de um líquido aquoso. Daí são retiradas substâncias de excreção, através de órgãos especiais que se abrem na pele, por poros microscópicos.
O sistema nervoso é representado por gânglios na cabeça e ao longo da região ventral do corpo. Os gânglios são formados por grupos de células nervosas que funcionam como centros de coordenação das diversas funções no corpo do animal. A minhoca também apresenta sete corações distribuídos entre os anéis de seu corpo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Filo Mollusca

Os moluscos estão representados por mais de 15 mil espécies em todo o mundo e se agrupam em, basicamente, três grandes grupos, classificados de acordo com as semelhanças, habitando lugares mais variados possíveis. Tiveram sua origem no mar depois a migração para os continentes. Existem diversos tipos de moluscos, uns optaram por uma estrutura rígida de defesa outros preferiram uma maior mobilidade, porem todos são muito bem adaptados as condições de vida q escolheram.
Existe uma modificação na estrutura do corpo do animal para cada momento em que é submetido. A estrutura externa da concha determina o sistema de defesa do animal, seria a carapaça protegendo-o dos perigos. Esse sistema é determinante para a proteção, quanto mais espessa for à cancha maior será a proteção do individuo. Essa espessura é devido a fatores químicos em sua composição. O molusco determina onde, exatamente, sua concha necessitará de reparos, uma solução pratica para recuperar apenas a estrutura danificada e não a concha em sua totalidade.
O mesmo mecanismo que se serve para a proteção do animal se ajusta para a predação. Surge para auxiliar na nutrição do animal um sistema denominado radula, dentes presos a uma musculatura forte. Esse mecanismo possui diferentes funções de acordo com a necessidades ou ate mesmo o tipo de dieta do individuo.
Os moluscos passaram agora a não mais serem animais simplesmente terrestres, possuem um mecanismo de “funil” que atua como um leme para a locomoção. O individuo possui um orifício de entrada e um de saída de água, com esse mecanismo foi possível se deslocar na água. Mas isso só se fez possível devido a outro mecanismo o de colocar gases junto com o sangue, esse foi o segredo para uma melhor locomoção. Juntando esses dois fatores os gases no sangue promovendo a flutuação e um sifão que gerou uma propulsão e o animal pode nadar pelos oceanos.
Outra linha de moluscos surgiu pela necessidade de uma melhor locomoção nos mares. Com um corpo fusiforme, adquiriram a mobilidade de locomoção, sendo tudo ligado a um conjunto de músculos potentes que auxiliam no processo. Todo esse sistema controlado por dois feixes nervosos que percorrem todo o corpo do animal, um sistema nervo, e por três corações que bombeiam sangue tão rapidamente quanto o coração do ser humano, possibilitando uma rápida troca gasosa e com isso uma maior mobilidade.
Os moluscos deixaram a concha, uma proteção física, e ganharam uma ótima percepção do meio ambiente onde vivem. Aperfeiçoaram também o sentido do toque físico, como um mecanismo de percepção do meio, pra melhor apurar as condições suas ventosas possuem quimioreceptores. Adquiriu também à capacidade de mudar a cor da pele, isso se deu ao surgimento dos cromatóforos. Modificam a coloração de sua pele de acordo com as necessidades, tanto usam para a proteção, para a camuflagem e para a fuga de predadores. Dotados de inteligência e a capacidade de se camuflar oferecem os requisitos básicos de que todo o predador necessita, tornando-os assim ótimos e perigosos predadores. Com todos esses mecanismos os moluscos se tornaram mais moveis e ágeis, possibilitando, de um modo geral, uma maior sobrevivência.
Por mais diferentes que os indivíduos desse filo possam parecer, todos tem características morfofisiológicas que os assemelham e lhe oferecem características que os aproximam e os coloquem em um mesmo grupo. Possuem estruturas semelhantes, uma capacidade de explorar diferentes lugares, podem assumir características fenotípicas diferentes, mas possuem características de uma mesma origem.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O vegetal e a H2O

A água é de suma importância para os vegetais, pois ela possui alem de características fisioquímicas importantes também auxiliam na reprodução, é um dos componentes para a fotossíntese, em alguns vegetais atua como um hidroesqueleto, ente outras funções.
Só foi possível os vegetais saírem de a água apos adquirirem uma camada protetora que serviria para impedir a desidratação para o meio, porem como tudo no inicio, ainda assim ficaram dependentes de lugares bastante úmidos e com bastante água subterrânea para realizar a fecundação entre eles.
Outro ponto importante é q a água é um reagente importante no processo de fotossíntese. Alem de auxiliar o transporte de substancias por dentro da célula, ser um agente regulatório de temperatura, ter a capacidade de diluir produtos tóxicos para ao vegetal.
Tudo na vida tem outra face, assim é com a água, ela não só ajuda o vegetal, tudo em excesso atrapalha e pode vir a matar, não é diferente nesse caso. Uma planta pode perfeitamente morrer afogada devido à grande quantidade de água.
Sem água as plantas não sobreviveriam, nenhum ser sobrevive.
A água faz o transporte de sais e nutrientes do solo a todo o corpo da planta, e depois do processo da fotossíntese, nas regiões fotossintetizantes é a água quem distribui a energia gerada... Além disso, mantém folhas, frutos e sementes rígido e hidratados.
“A água era a matéria básica ou o elemento a partir do qual se formavam todos os outros. Ele dizia que a Terra era um disco que flutuava na água, sendo que nesta estava a origem de toda a vida. Assim, os seres vivos apareceram na Terra quando o Sol a secou e os mares libertaram os tesouros de seu interior.” Tales de Mileto

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Projeto busca plantas à prova de mudanças climáticas

Um projeto de âmbito global começou a procurar por plantas que tenham características que as ajudem a resistir a mudanças climáticas para, assim, desenvolver colheitas capazes de suportar o aquecimento global. Coordenado pela organização Global Crop Diversity Trust, o projeto de US$ 1,5 milhão está realizando buscas em bancos nacionais de sementes para encontrar variedades "à prova do clima" de vários produtos, entre eles milho e arroz. A equipe busca sementes que sejam resistentes a eventos extremos, como enchentes, secas ou mudanças constantes de temperatura. Os pesquisadores esperam que essas variedades ajudem a proteger a produção de alimentos do impacto das mudanças climáticas. Segundo a Global Crop Diversity Trust, a falta de material preciso e disponível prejudica os esforços de produtores para identificar o que pode ser usado para desenvolver variedades que possam resistir a condições futuras. "Nossas plantações devem produzir mais alimento, na mesma quantidade de terra e com menos água", disse o diretor organização, Cary Fowler. "Não há um cenário possível no qual nós possamos continuar a produzir os alimentos que precisamos sem diversidade", afirmou. Acesso aberto - O projeto representa o mais recente estágio de um plano mais amplo da organização para conservar a variedade de plantas produzidas ao redor do mundo. Nos últimos anos, a organização realizou uma série de encontros com especialistas na produção de alimentos básicos como trigo, arroz, lentilha e milho, com o objetivo de identificar a melhor estratégia de conservação para cada produto. "Esses especialistas nos ajudaram a identificar quais são as mais importantes coleções de sementes em termos de diversidade genética", disse Fowler à BBC. A informação ajudou a organização a estabelecer quais características são necessárias para que as espécies tenham as melhores chances de sobreviver no futuro. Fowler disse que um exemplo é quando uma planta mostra um bom nível de resistência ao calor durante o período de florescimento - um estágio no qual a planta passa por mais estresse -, mas para o qual havia pouca informação. Banco de dados - Nos próximos 24 meses, os pesquisadores esperam construir um perfil completo das várias características "resistentes ao clima" e em quais plantas elas podem ser encontradas. "Depois disso, teremos de usar as variedades que têm essas características em programas de produção", afirmou Fowler. Ele disse que os dados estarão disponíveis para todos - organizações públicas e privadas - em um banco de dados online. "Os produtores poderão acessar esse banco de dados e colocar o critério de busca, daí eles receberão os detalhes de amostras que batem com as suas exigências, como resistência à seca e ao calor", afirmou. Desenvolver plantas que produzirão mais alimentos e poderão lidar melhor com as mudanças climáticas é um caminho também seguido pelo setor de biotecnologia e grupos a favor da produção de alimentos modificados geneticamente. Questionado sobre a possibilidade de o projeto ser usado por esses grupos, Fowler afirmou que ninguém sabe exatamente o que será necessário em 100 ou 500 anos em termos de produção agrícola e que a melhor alternativa agora é manter todas as opções possíveis. (Fonte: Folha Online)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Controle do tempo

A vida concede-nos dons preciosos
Tempos
Escolhas

Com todas as coisas que uma pessoa precisa fazer...
Como encontrar tempo para todas elas??

““ Eclesiastes 3: Usar o tempo sabiamente requer constante exame das prioridades e autocontrole. O segredo é trabalhar com inspiração, não transpiração. Planejar alguma coisa e realizar somente parte dela é melhor do que não planejar nada e chegar a lugar nenhum. Alguns dos maiores esbanjadores de tempo são:

Indecisão / Remoer coisas perdidas / Lamentar fracassos / Trabalho mal feito / Voltar à cama / Deixar de progredir / Longos telefonemas / Esperar indolente

O controle do tempo é o controle de nós mesmos, quer o usamos sabiamente quer sejamos usados por ele. Precisamos aprender a agir por nós mesmos e não a reagir a ações dos outros. Sempre haverá mais a ser feito do que podemos realizar – por isso, sejamos seletivos. Algumas sugestões:

1. As primeiras horas da manha são decisivas para um bom dia.
2. Executar bem as tarefas, do começo ao fim, economizará tempo futuro.
3. Use 30 minutos por mês para alistar o que exigirá mais tempo para ser realizado.
4. Uns 30 minutos durante o mês para refletir sobre as armadilhas que deve evitar
5. Aliste metas e tarefas para ter o prazer de riscá-las, quando alcançadas e para que sirva como lembrete.
6. Registre boas idéias e pensamentos e deixe onde sejam vistas e amadurecidas e, vez de esperar que sejam “redescobertas” mais tarde.
7. 5 minutos de concentração pode dar mais resultados do que 5 horas de preocupação desnecessária. Superficialidade e preocupações não produtivas tende a se expandir e há ocupar o tempo disponível.
8. Consiga tempo para rever suas metas e o propósito de sua vida – Vida eterna – Pense e planeje em termos de futuro, e decida antes como reagir à tentação.

“O desperdício é injustificável, especialmente o desperdício de tempo – mesmo essa comodidade sendo tão limitada nestes dias de provação em que vivemos. Devemos viver, e não meramente existir. Devemos fazer, não meramente ser. Devemos crescer, e não meramente vegetar.” Presidente Spencer W. Kimball.

Se pudesse viver novamente a minha vida, na próxima, trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na verdade, bem pouca coisa levaria a serio. Seria menos higiênico.

Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, mais rios; iria a lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui dessas pessoas que viveram sensata e produtivamente cada minuto de vida; claro que tive momentos de alegria. Mas, se não sabem, disso é feita à vida, só de momentos, não os perca agora. Eu era um desses que nunca ia à parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim ate o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Se vai consumir, que seja com responsabilidade

O consumo é um pressuposto básico para a vida cotidiana, mas a forma exacerbada como vem sendo feito coloca em risco os processos de renovação dos recursos naturais. Por isso, a mudança de postura para um consumo consciente é urgente.
A pressão sobre o patrimônio natural começa a esgotar os recursos naturais e interferir nos processos de renovação da natureza. O consumo exagerado da sociedade moderna é o principal motor dessa pressão. Atualmente se consome cerca de 25% a mais de recursos do que a natureza consegue repor de acordo com o relatório Planeta Vivo 2006 da organização não-governamental WWF. Para se ter idéia, segundo outra pesquisa da WWF, esta de 2008, se todas as classes sociais adotassem o estilo de vida da elite brasileira, seriam necessários três planetas para sustentar o consumo.
Preocupado com essa situação, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces) lançou em junho o Catálogo Sustentável, um portal em que os visitantes encontram informações de produtos, serviços e empresas sustentáveis. “Criamos um catálogo virtual em um espaço aberto e amplo para reunir e permitir o acesso a produtos com características de sustentabilidade. Nosso objetivo não é, de forma alguma, estimular o consumismo, mas a procura por produtos feitos de forma sustentável”, afirma a diretora executiva do GVces, Rachel Bidermanl.
Para fazer parte do catálogo, o produto deve atender a pelo menos um dos critérios adotados pela equipe como eficiência energética, toxicidade, biodegradabilidade entre outros. No entanto, essa “peneira” deve ficar mais fina no futuro. “Neste momento inicial, queremos premiar quem deu o primeiro passo. Com o tempo, ficaremos mais rigorosos. De repente, atender a apenas ao critério de eficiência energética não será suficiente, também precisará ser feito com material reciclado, mas o mercado não dispõe desses produtos atualmente”, explica Biderman.
Outro objetivo da iniciativa é divulgar informações referentes à sustentabilidade empresarial, de forma a estimular que a demanda influencie a construção de um novo modelo de produção. Desde os cidadãos consumidores até as grandes empresas e órgãos públicos compradores estão dentro do público alvo. “Queremos que o catálogo também sirva como uma ferramenta de educação. Caso precise realmente consumir, que procure por produtos com menos impactos”, explica a diretora executiva do GVces.

O que precisa é consciência
Iniciativas como o catálogo sustentável são importantes, mas ainda falta compreensão da população sobre o seu impacto na natureza. “Falta nas pessoas consciência sobre o que estão fazendo. O ato da compra é desvinculado da consciência sobre o impacto da compra sobre o ambiente”, afirma a analista de projetos ambientais da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, Maísa Guapyassú.
O ecólogo ambientalista e professor da Universidade Regional de Blumenau (SC), Lauro Bacca, afirma que as pessoas estão perdendo a referência devido ao aumento absurdo do consumo. “Comemora-se muito que conseguimos reciclar cerca de 90% das latinhas de refrigerante no país, mas se esquece que os outros 10% que acabam no ambiente representam aproximadamente um bilhão e meio de latas só no Brasil. Há 20 anos, esse número era zero, agora, a quantidade é imensa”, explica.
O professor acredita que a questão ambiental cresceu bastante nos últimos anos, porém a devastação ambiental aumentou muito mais. “Os carros de hoje lançam uma quantidade muito menor de poluentes no ar do que os de 20 anos atrás, mas o número de automóveis nas ruas anula esse avanço. Vivemos uma era de ilusão ambiental, esses avanços são necessários, mas temos que acabar com a crença de que só porque inventamos uma tecnologia avançada ambientalmente as coisas estão às mil maravilhas”, comenta Bacca.
O afastamento do homem moderno da natureza é outro dos fatores que contribuem para o desinteresse das pessoas em ter mais cuidado com suas atitudes de consumo, segundo Guapyassú. “Essa desconexão faz com não tenham consciência de suas ações. Acham que a tecnologia vai resolver tudo independentemente do custo”, afirma. Consuma mais, consuma muito

O processo de indução ao consumo feito pelos diversos meios de comunicação também é responsável pelo problema, pois entra em conflito com a necessidade de ter mais cuidado na hora de comprar. “Esse modelo de sociedade de consumo criou a utopia de que o Brasil é um país inesgotável”, afirma Oscar Fergutz, analista de projetos da Fundação Avina. Guapyassú divide a mesma opinião, “queremos que as pessoas tenham comportamento ambientalmente correto, mas ao mesmo tempo elas são bombardeadas com propaganda e se valoriza a compra de produtos desnecessários. Estamos em um mundo em que as pessoas são valorizadas pelo consumo”, afirma.
Bacca não acredita que alguém diga que o meio ambiente não é importante, mas na hora de tomar medidas positivas para a natureza, mesmo as mais simples, é difícil encontrar pessoas dispostas a isso. Para ele, o governo também tem sua parcela de influência, pois não cria ações efetivas para estimular essa mudança. “O consumo consciente ainda não atingiu a grande massa e as autoridades são responsáveis em grande parte por isso. Pouco se divulga, pouco se impõem. Os governantes gostam muito de dividir o ônus com a população, nunca o bônus”, comenta.
“Se essa lógica se perpetuar, estaremos sempre pressionando o meio ambiente, pressionando na produção com a retirada dos recursos, e depois na volta, na hora do descarte. Cria uma pressão sobre o planeta tão grande, que ele não consegue se recuperar”, explica Biderman. Tomando a frente
Oscar Fergutz é um desses consumidores que sempre procuram levar em consideração o impacto do produto e de suas ações sobre o meio ambiente. Sempre observa a quantidade de embalagens, a eficiência energética, a distância do transporte da mercadoria na hora de adquirir alguma coisa. Para ele, a responsabilidade social não pode ser só das empresas e dos governos, mas de todos que fazem parte da sociedade. “Devemos estar conscientes o tempo inteiro. Tudo o que fazemos consome recursos do planeta”, afirma.
É este tipo de postura que o planeta precisa urgentemente de seus mais numerosos habitantes. “Nosso planeta Titanic está afundando e as pessoas não estão percebendo, continuam na proa do navio fazendo festa”, conclui o professor Bacca.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A utopia de um país

A utopia de um país todo, com um desenvolvimento sustentável é um projeto que deve ser muito bem elaborado e detalhado. Porém, tudo surge de uma simples idéia que tem de se desenvolver para atingir todas as necessidades e objetivos de uma sociedade, de todo um país.
Pensar em um desenvolvimento sustentável para todo o Brasil seria extremamente complexo e difícil. Por isso, baseando-se em fatos do inicio desse mês de junho, utilizo o monumental desmatamento da floresta amazônica como projeto. Com base neste fato, sugiro começarmos pensando no micro (região norte) e após, se bem sucedidos, pensarmos no macro (todo o país). Desenvolver um projeto que ao mesmo tempo seria um instrumento de fácil controle contra o desmatamento da região e também aumentaria exponencialmente o fluxo de capital e lucro da região norte.
O projeto se baseia, principalmente com a idéia de desenvolvimento sustentável, que por sinal seria bem melhor do que o P.A.S. (Projeto Amazônia Sustentável). Como base do projeto, teríamos um turismo ecológico, onde hotéis e/ou pousadas seriam desenvolvidas ecologicamente corretas, o que não seria muito difícil devido às condições ambientais da Amazônia (chuvas e clima constantes). Uma rede de hotéis espalhados, estrategicamente, pela floresta serviriam de pousada para os turistas e sues guias durante a noite e ao amanhecer seguiriam o passeio com caminhadas ate a próxima pousada e assim durante o período determinado no inicio do programa. Exatamente como um pacote de viagem, onde o nome do programa seria:
“TIRE SOMENTE FOTOS, DEIXE SOMENTE PEGADAS E LEVE SOMENTE LEMBRANÇAS”.
Com um estudo ambiental adequado na região na região, nós biólogos, determinaríamos:
Quantas pousadas poderiam ser instaladas com o menor impacto ambiental possível, em um ponto de vista estrutural;
Um numero fixo por período de turistas, guias e funcionários na região para assegurar o menor impacto ambiental só que agora por pessoas;
Um equipamento específico para o saneamento básico da região, tendo em vista que somente 23% de toda a população da região norte o possuem.
Instalar um equipamento de tratamento de água para não poluir os rios e o próprio solo.
Enfim definir/determinar a manutenção desse projeto, garantir que o impacto seja o menor possível, estabelecer que as pousadas fossem responsáveis pela preservação da área onde o seu hotel ficaria, com isso garantiriam a preservação da floresta, tendo em vista a manutenção e o aumento do fluxo de dinheiro e o aumento do lucro que os turistas trariam para a região. Os guias receberiam um treinamento adequado para saberem sobre a fauna, flora, as tribos indígenas que habitam a floresta, e histórias importantes da própria região e do Brasil.
Esse projeto além de ser super bem visto no exterior, seria de instrumento para disseminar informações, exportaríamos a cultura do Brasil por todo o mundo, com isso atrairia novos investidores e indústrias e aumentaria cada vez mais o lucro do projeto.
Um projeto como esse, se bem realizado em todos os aspectos, pode ser o início de uma transformação do modo como vemos a floresta. Teríamos além do ponto de vista de que só se desmatando se obtém lucro,ganharíamos também a visão de progresso com elas ainda vivas na floresta e sendo o cartão postal da propaganda de turismo sustentável.
Isso define desenvolvimento sustentável.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Monitores de Turismo Cultural da Zona Portuária do Rio de Janeiro

Temos o Prazer de convidá-lo(a) a participar da Aula Inaugural do projeto: Monitores de Turismo Cultural da Zona Portuária do Rio de Janeiro, no dia 14 de junho próximo, as 11h, no Centro Cultural José Bonifácio: Rua Pedro Ernesto, 80 – Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro.
O projeto o Rio de Janeiro.uaria visa à capacitação de 30 jovens na faixa etária de 15 a 20 anos, residentes na região da Zona Portuária do Rio de Janeiro, nas áreas de Cultura, Turismo e Arquitetura Urbana.
O curso focará a estrutura organizacional da região; na área técnica desenvolver-se-á trabalho de turismo cultural, cujas ações serão realizadas pelos monitores, inclusive, sensibilizando os turistas sobre a importância cultural da região.
Com isto, a presente proposta, além de contribuir para a preservação do Patrimônio Histórico, apresenta alternativa de geração de renda para os jovens das comunidades do entorno.Ao termino da aula inaugural, degustaremos um delicioso Bobó de Camarão.

domingo, 8 de junho de 2008

A verdade sobre Aracruz Celulose

Estudo feito pela Associação de Geógrafos do Espírito Santo afirma que a atividade da Aracruz causa fortes danos ambientais e também reclama da "apropriação de recursos hídricos" pela empresa papeleira.Aracruz, ES - A degradação de nascentes e rios e destruição de matas nativas no município de Aracruz foi registrada em detalhes por estudo feito pela Associação de Geógrafos Brasileiros, seção Espírito Santo. O estudo aponta assoreamento dos cursos d'água, contaminação das águas, a destruição dos rios. "O rápido crescimento urbano da sede de Aracruz produziu grande quantidade de esgoto, que passou a ser despejado sem tratamento nas nascentes dos rios e córregos próximos da área urbana, entre eles os rios Sahy e Guaxindiba. Essa evacuação in natura dos esgotos, somada a outras intervenções, como o represamento, desmatamento, produtos químicos e obstrução dos leitos por obras de engenharia para as estradas de transporte de eucalipto, acabaram com a vida desses rios", diz o documento.Os índios tupiniquins e guaranis conseguiram no ano passado a declaração de posse de 18 mil hectares ocupados pela Aracruz. Mas receberam de volta uma terra degradada. Eles ainda não decidiram o que fazer com os tocos de eucaliptos quando a Aracruz retirar a madeira para produzir celulose. Se tirarem os tocos, restarão os buracos. Nas proximidades da aldeia de Caieiras Velhas, o riacho Sossego está completamente seco. As encostas, tomadaspor tocos de eucaliptos.O tupiniquim Lauro Martins, 51 anos, afirma que a nascente era nas proximidades. "Começaram a derrubar o mato em 1970, com trator na chapada e a machado nas encostas. Logo, as nascentes começaram a secar. Antes, davapeixes como traíra, jundiá, piaba. Com os eucaliptos, secou tudo."Segundo os cálculos da associação de geógrafos, a quantidade de água consumida diariamente pela Aracruz Celulose localizadas na Barra do Riacho, no processamento e branqueamento da celulose, aproxima-se dos 250 mil metros cúbicos, o que equivale ao consumo diário de uma cidade de 2,5 milhões de habitantes. Questionada pelo Correio, a empresa não respondeu quanto consome de água, mas informou que, na unidade Barra do Riacho (ES), possui "abastecimento próprio" por represa de 47 milhões de m³ de água.O estudo afirma que o projeto Aracruz Celulose "está baseado na apropriação dos recursos hídricos por meio do domínio da terra. Nessa perspectiva, o controledos recursos hídricos é peça fundamental para a existência e expansão deste empreendimento. O domínio desses recursos se dá pelo monopólio da terra, pelocrescimento urbano e pelas atividades industriais". O trabalho foi coordenado pelo professor Paulo Scarim, na Universidade Federal do Espírito Santo.As conseqüências da transposição do Rio Doce também foram analisadas pelos geógrafos. Eles relatam que, na saída do rio para o canal artificial foi construídauma eclusa, que controla a quantidade de água que entra no canal. Ao longo desse duto existem outras eclusas que controlam a vazante da água. Essas eclusas comandam, portanto, o regime dos rio Comboios e Riacho de acordo com a necessidade da produção da fábrica."Dessa forma entende-se a inundação constante das terras indígenas de Comboios, a mudança da qualidade das águas e a diminuição dos peixes. De um regime fluvial natural de cheias e vazantes derivou-se um regime industrial", diz o estudo. Fotos aéreas de 1965, antes da chegada da empresa, demonstramque a região detinha a maior parte de sua área coberta pela Mata Atlântica.A análise dos estudos de impacto ambiental feitos em 1987 pelo Instituto Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo afirma que, "por meio da análise de fotos aéreas obtidas em 1970, verificou-se que pelo menos 30% do município de Aracruz era coberto por floresta nativa no início da década de 1970, que foi substituída por florestas homogêneas de eucalipto".O plantio nos territórios indígenas foi iniciado em 1967 pela Vera Cruz Florestal. Pouco tempo depois, foi criada a Aracruz Florestal (Arflo, que cuidava especificamente dos plantios da Aracruz. No início da década de 1970, écriada a fábrica Aracruz, que começou a produção de celulose com capacidade de 470 mil toneladas/ano.Em 1971, o biólogo Augusto Ruschi denunciava que espécies nativas da Mata Atlântica estariam sendo destruídas pela empresa: "As presentes espécies eram abundantíssimas nas matas que ligavam Santa Cruz a Aracruz, onde foram feitas e ainda continuam as derrubadas com dois tratores em paralelo, ligados por um correntão, que avançam sobre a floresta virgem e levam tudo de roldão. A cada dia são centenas de hectares, e após um mês, recebem fogo. Logo, com a calagem do terreno, vem o plantio do eucalipto".

Repórter Lúcio Vaz e fotógrafo Carlos Vieira do Correio Braziliense.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Desmatamento

Foram 1.123 km², praticamente a área do município do Rio de Janeiro (1.182 km²) ou cinco vezes a do Recife (218 km²) – e tudo isso em apenas um mês.
Esse foi o desmatamento observado na Floresta Amazônica em abril, segundo dados do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na segunda-feira (2/6).
Do total da área em que se verificou corte raso ou degradação progressiva, 794 km², ou 70,7%, estavam no Mato Grosso. Roraima aparece em seguida na relação dos estados da Amazônia Legal com mais desmatamento, com 284,8 km².
Segundo o Inpe, o sistema havia registrado 112 km² de desmatamento no Mato Grosso em março, mas em período em que 78% da Amazônia estava coberta de nuvens, sendo que 69% do estado não pôde ser observado pelos satélites – a cobertura de nuvens costuma variar muito de um mês para outro, assim como a localização das áreas encobertas.
Do total verificado pelo Deter em abril, 53% da Amazônia esteve sob nuvens, mas apenas 14% do Mato Grosso ficou encoberto. Isso indica que a oportunidade de observação no estado aumentou muito de março para abril.
De agosto de 2007 a abril deste ano, o sistema identificou 5.850 km² de área desflorestada. Entre agosto de 2006 e julho de 2007, um intervalo de tempo maior, foram 4.974 km².
Em operação desde 2004, o Deter foi concebido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e ao controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso como áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.
De acordo com o Inpe, é possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor Modis do satélite Terra/Aqua e do sensor WFI do satélite CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

www.portaldomeioambiente.org.br

terça-feira, 27 de maio de 2008

Peixe-boi

Havia, sim, um peixe-boi de oito metros. Um animal dócil, inteligente, com uma elaborada vida social. Nós acabamos com ele em 1768. A vaca marinha de Steller, Hydromadalis gigas, que podia alcançar umas dez toneladas, era o maior mamífero vivente nesse planeta em tempos históricos, fora as grandes baleias. A vaca marinha de Steller habitava as águas costeiras das desabitadas ilhas Commander, no extremo leste da Sibéria, onde foi descoberta pelo naturalista russo Georg Steller em 1741. Eram pacíficas comedoras de algas marinhas que raspavam das rochas. Steller escreveu que havia fortes laços sociais entre elas, incluindo uma espantosa solidariedade. Quando uma era arpoada, as outras tentavam impedir que ela fosse arrastada para a margem, fazendo um círculo à volta dela; várias colocavam a si mesmas nas cordas ou tentavam tirar o arpão do corpo daquela que havia sido ferida. Steller também observou que um macho voltou dois dias seguidos para junto de sua fêmea morta na costa. Nada disso impressionou muito os pescadores russos, que após a descoberta da vaca marinha fizeram uma verdadeira corrida para caçar aquele animal tão rico em carne e óleo, e com uma pele valiosa. Em 1768 – apenas vinte e sete anos depois de ter sido descoberta! – a vaca marinha de Steller já estava extinta.
E que tal a ave mais abundante do Mundo? No século XIX, o naturalista John Audubon, um dos fundadores da ornitologia, ficou chocado com a abundância da pomba migratória, Ectopistes migratorius, na América do Norte. Os bandos eram tão numerosos que há relatos confiáveis de que obscureciam a luz do sol ao passar; dizia-se que passavam por vários dias seguidos. Colônias de nidificação chegavam a 160 Km de comprimento. Audubon estimou que devia haver entre cinco e dez bilhões de pombas migratórias na América do Norte – o que as fazia, de longe, as aves mais abundantes do planeta. Mas aquele século, o da desenfreada expansão americana rumo ao oeste, foi também o do colossal massacre da pomba migratória. Elas foram caçadas aos milhões, para comida e por simples esporte. Caçar pombas migratórias e coletar seus ovos era um esporte de fim de semana para a família inteira, muito popular entre os americanos do século XIX. Havia matanças mais sérias: em uma competição de caça da época, o troféu seria do virtuoso caçador que primeiro matasse trinta mil pombas migratórias. Você leu certo, trinta mil, só pelo vencedor. Com esse tipo de pressão, as populações da pomba migratória começaram a diminuir, e houve quem dissesse que era preciso limitar a caça, ou a espécie acabaria desaparecendo. Foram chamados de alarmistas, riu-se deles. Houve também quem dissesse da pomba migratória que era óbvio que havia tanto que nunca iria acabar – mais ou menos como alguns hoje dizem da Amazônia. Mas as populações continuaram diminuindo, e o inacreditável aconteceu. Em 1900, a pomba migratória se extinguiu na natureza. No dia 1º de setembro de 1914, Martha, a última pomba migratória, morreu no Zoológico de Cincinnati. Estava extinta a espécie de ave mais abundante do planeta no século XIX.
E por que não um lobo marsupial? Quando falamos em marsupiais, a maioria das pessoas imediatamente pensa em cangurus, ou quem sabe nos gambás tão comuns em nosso país. Mas até há poucas décadas havia um lobo marsupial, ou tilacino, um dos mais espantosos seres que já se viu. Poucos reparam no significado de um nome científico, mas raramente um nome científico é tão revelador quanto Thylacinus cynocephalus. "Thyla" quer dizer bolsa, "cinus" ou cynos" quer dizer cachorro, e "cephalus" quer dizer cabeça. Thylacinus cynocephalus, portanto, quer dizer "cachorro com bolsa com cabeça de cachorro". Perdoe o pleonasmo do cientista que batizou o bicho, meu caro leitor. Experimente procurar por "thylacine" no Google Images. O tilacino é tão parecido com um cachorro que qualquer leigo poderia facilmente confundi-los. A semelhança da cabeça é de fato tão extraordinária que apenas os dentes, uns dentes triangulares característicos de marsupiais, denunciam que se trata de um parente dos cangurus. Os quartos traseiros caídos e a cauda afinando gradualmente, como a de um canguru, também traem sua ancestralidade marsupial. Mas não se trata simplesmente de um canguru com crise de identidade, que acha que é cachorro. Isso é o mais interessante de tudo: o tilacino é um espetacular exemplo do fenômeno que os biólogos chamam de convergência evolutiva, ou seja, animais de linhagens muito diferentes – no caso, os mamíferos placentários (como nós) e os marsupiais – evoluindo formas similares em lugares diferentes, como adaptação a papéis ecológicos similares. O tilacino, comum na Austrália inteira até uns poucos milhares de anos atrás, sobreviveu na grande ilha da Tasmânia, ao sul do continente australiano, até bem dentro do século XX. Porém, foi impiedosamente perseguido pelos colonizadores australianos, em represália à predação sobre suas ovelhas. A extinção do tilacino na natureza não teve nada de acidental, ao contrário, foi meticulosamente planejada, e levada a cabo como política oficial do governo da Tasmânia. Com o fim de erradicar a "praga", recompensas foram pagas para cada pele de tilacino entregue. À medida que os animais começavam a escassear, o valor da recompensa foi aumentado cada vez mais. Em 1936, o governo da Tasmânia enfim mudou de política e decretou uma lei protegendo a espécie. Tarde demais. Naquele mesmo ano, o último tilacino conhecido, uma fêmea, morreu no zoológico de Hobart, capital da Tasmânia. Por negligência de seus tratadores, o animal foi deixado na parte exposta de sua gaiola, sem acesso a seu ninho protegido, e morreu de hipotermia numa noite fria de setembro. Há alguns registros não confirmados de tilacinos vistos na natureza nos anos seguintes; um dos mais confiáveis é o de uma fêmea que teria sido morta por um fazendeiro com seus cachorros por volta de 1940. Dentro da bolsa da fêmea havia três filhotes. Não houve mais registros depois disso.
Deixei para o fim o meu favorito, se é que pode haver um favorito numa lista dessas: o menor, o mais sutil, mas nem por isso o menos espetacular. Um animal tão fantástico que parece ter saído da mais imaginativa ficção, e que você e eu fomos privados de conhecer por poucas décadas. Morcegos voam, todos eles, certo? Claro. Sempre foi assim? Não. Em algumas ilhas do Pacífico, onde eram ausentes tanto grandes predadores como também roedores nativos, evoluíram várias espécies de morcegos terrestres. Eram animais bizarros, que eram capazes de voar só uns poucos metros, mas que se moviam agilmente pelo chão da floresta nas patas de trás e nos cotocos das asas, exercendo o papel ecológico dos roedores. Eram tão bem adaptados à vida terrestre que alguns tinham bolsas ao lado do corpo onde recolhiam as asas. À medida que a colonização das ilhas do Pacífico avançava, animais introduzidos pelo homem, como ratos e gatos, foram extinguindo os morcegos terrestres em ilha após ilha. As ilhas Salomão e Big South Cape, que permaneceram livres de ratos domésticos até muito recentemente, foram seu último refúgio. Mas mesmo ali, os ratos chegaram em 1962 ou 1963, e em 1965 Mystacina robusta, a última espécie de morcegos terrestres, deixou de existir. É possível que ainda houvesse Mystacina quando você nasceu, ou pelo menos quando seus pais nasceram. Mas seus filhos não poderão mais vê-lo.
Hora de desfazer uma ilusão bastante arraigada. Fala-se muito em espécies em extinção, mas muita gente acha que o homem extinguiu até agora relativamente poucas espécies, e que portanto nossa capacidade de extinguir espécies possa estar superestimada. Não é o caso. Apenas de 1600 para cá, foram comprovadamente extintas pelo homem pelo menos umas 120 espécies de aves, umas 60 de mamíferos e pelo menos 25 de répteis, entre muitas outras. Muitos desses casos, inclusive os acima, são descritos em um livro maravilhoso, "A Gap in Nature", de Tim Flannery e Peter Schouten, publicado em 2001. Além disso, já extinguimos mais de 600 espécies de plantas, e provavelmente vários milhares de invertebrados, que são mais mal conhecidos. A lista continua crescendo: há apenas um ano foi a vez do baiji, o golfinho do Yang Tse. Isso tudo não inclui centenas de outras extinções de animais de grande porte causadas pelo homem muito antes da Idade Moderna - mas isso já é outra história.
Por que essas coisas ainda são tão pouco divulgadas e discutidas? Eram animais espetaculares, fascinantes, são histórias que mexem com nossos sentimentos, mas nossa cultura não parece ter olhos para elas. Houve uma expressiva melhora nos últimos anos, mas ainda é raro encontrar sobre as extinções históricas em programas de televisão, livros e revistas, e portanto elas não atingem nossos corações e mentes. Acho que a melhor explicação para isso é mesmo a imensa capacidade que a nossa cultura tem de não olhar para aquilo que não lhe interessa – o que é ótimo para quem quiser manter o status quo, mas péssimo para quem queira virar o jogo.
Quando eu era criança, História me parecia fascinante, mas ao mesmo tempo o menos aplicado ou menos útil de todos os assuntos. Minhas professoras sempre tinham o mesmo argumento sobre a importância do estudo da História: é preciso estudar História para aprender com os erros do passado. Só agora sou capaz de perceber o quanto elas estavam certas.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Os pingüins

Você já pensou por que não existem pingüins no hemisfério norte?
Todos nós aprendemos que pingüins são encontrados apenas no hemisfério sul, na Antártida e adjacências. Implicitamente, isso nos é passado como sendo um fato da natureza - como se sempre tivesse sido assim. Mas não é o caso. A resposta para a nossa questão é muito mais interessante que isso, e ao mesmo tempo desconcertante e perturbadora.
Não existem pingüins no hemisfério norte porque o homem os extinguiu em 1844.
A ave que foi originalmente chamada de pingüim é hoje conhecida – menos do que deveria ser - pelo nome de grande alca ("great auk"). Seu nome científico – Pinguinus impennis - foi baseado em seu primeiro nome vulgar. Os pingüins do hemisfério sul, aves pertencentes a outra família e descobertos depois, receberam o seu nome exatamente por que se assemelhavam às grandes alcas. As alcas eram aves de grande porte, que viviam no Atlântico norte, em volta do círculo polar ártico, e que eram caçadas em imensa quantidade entre os séculos XVI e XIX – enchiam os porões dos navios para servir de alimento, e também eram usadas como isca para a pesca de bacalhau e lagostas. Sob essa imensa pressão, as alcas declinaram inexoravelmente até uma situação desesperadora. Então, no dia 3 de junho de 1844, um grupo de marinheiros avistou o último casal de grandes alcas, denunciados por sua grande estatura em meio às aves marinhas menores, na pequena ilha de Eldey, ao largo da Islândia.
Os marinheiros correram para as grandes alcas com porretes. As alcas tentaram desesperadamente alcançar a segurança da água, mas uma foi encurralada contra as rochas, e outra alcançada já à beira d'água. Ambas foram mortas a porretadas. Em seu ninho havia um ovo, que se acredita ter sido esmagado sob a bota de um marinheiro.
É por isso que não existem (mais) pingüins no hemisfério norte. Não, não é um fato da natureza, infelizmente. Nós fizemos isso ser assim.
As grandes alcas não estão sozinhas, longe disso. Há uma imensa coleção de espécies de animais que nós extinguimos nos últimos séculos. Na maior parte dos casos são extinções muito bem documentadas e conhecidas pela ciência, de espécies que todos nós deixamos de conhecer por muito pouco. Muitas delas eram animais maravilhosos, espetaculares, que fariam o mundo vivo parecer muito mais rico e maravilhoso do que já é.

O desenvolvimento esta nos detalhes

Dizia Schumpeter no principio deste século que desenvolvimento econômico não é a nobreza ter méis de seda, mas os pobres também as terem. Mas na revolução industrial que ele viu bastavam lideres iluminados, pois o desenvolvimento era o fruto de grandes iniciativas, gerando vendavais de mudanças. Para o povaréu, bastavam algumas destrezas manuais.
Mudaram a economia e os processos produtivos. Hoje, o desenvolvimento econômico depende cada vez mais do que fazem os pequenos e os humildes. Do meu caderno de viajem reproduzo algumas notas:

  • A água não flui no ralo do banheiro do hotel. Com a mesma tecnologia, os canos da suíça sempre funcionam.
  • Por que o pedreiro não limpou o cimento que caiu sobre o azulejo, na época da construção do banheiro?
  • Por que, ao pintar a parede, o pintor não pôs um jornal no chão, para impedir que este fosse também pintado?
  • Na reunião marcada para as 10, metade chega na hora, mas é preciso esperar o ultimo retardatário, que chega as 10:30. Quanto vale o tempo dos que chegaram mais cedo?
  • Pela porta entreaberta da cozinha do restaurante vejo uma jovem abrir uma lata com a ponta de uma faca usando o cabo da outra como martelo. Quanto custa um abridor?
  • O ângulo reto na Alemanha, onde foi feito o esquadro, tem exatamente 90º graus. Por que o ângulo da esquadria feita não tem também 90º graus? Tampouco deveria haver fresta no canto da porta?
  • Desmarquei meu compromisso para esperar o concerto da maquina de lavar, e ele não veio. Na França, deixava a porta aberta para que entrasse, fizesse o concerto e mandasse depois a conta pelo correio.
  • Se ninguém esta olhando, o peão para de trabalhar. Portanto, haverá uma capataz tomando conta e subtraindo do que poderia ser o seu salário.
  • Perguntei ao guarda, na rua principal, onde estavam as famosas ruínas maias. Não sabia. Perguntei à funcionária do labiríntico aeroporto de Frankfurt quanto tempo para o portão F26: três minutos e meio.
  • Acabou a cerveja, lá se vai à lata pela janela. Mas o excursionista suíço guarda a lata vazia na mochila para jogar no primeiro lixo disponível. Quem tem mais recursos para pagar o catador de lixo?
  • A 4500 metro de altitude, nos Andes, encontra-se a caçamba cheia de mistérios de estanho com outras vindo na direção oposta. Solução: os mineiros levantam umas delas na unha e tiram da linha, para poder passar a outra deve haver uma tecnologia melhor.
  • Buzinha o motorista indignado. O preço do seu desabafo sonoro é o desconforto de dezenas de pessoas ao redor.
  • O peão de meu amigo Barreto matou todas as suas vacas, pois pensou que a dose era um viro de remédio, em vez de uma colher.
  • Explicava-me o chofer de táxi em Cingapura que atrair turistas é fácil, o difícil é fazer é fazer com que voltem. Fiquei pensando nos nossos.

Quando pensamos nos países avançados, as imagens que nos vêm à cabeça são as obras monumentais, as viagens à Lua, os prêmios Nobel, os salários altos e por ai afora. Mas deixamos de observar o pequeno, o detalhe, como a gente comum cuida do cotidiano.
Temos alguns líderes educados e com visão, nas empresas, no governo e na ciência. Não estudaram em universidades piores nem são menos preparados do que os líderes dos países mais ricos. A diferença não esta neles, mas no ato cotidiano do trabalhador, do pequeno funcionário. É ai onde se originam e perpetuam as diferenças de produtividade e a qualidade de vida. Um país é atrasado pelo somatório dos pequenos atos malfeitos, matados, improvisados, impensados e de horizonte curto.
Mas, obviamente, não podemos culpar nosso povo pelo que lhe falta em educação e civismo. Os brasileiros vivem no mundo onde os que podem um pouco mais toleram uma péssima educação. Somos nós os culpados. Ao pensar nas maravilhas dos países ricos, devemos entender que a grande diferença não esta nos planos grandiosos, na engenharia mirabolante, mas no comportamento cotidiano da sociedade dos que estão na base da sociedade. Se não criaríamos as condições para que esses comportamentos mudem, nada feito. Viveremos dos sonhos do país do futuro.

Claudio de Moura Castro

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pensamento de Aristóteles

Para Aristóteles a ética estava a serviço do bem, através do bem as pessoas encontravam a verdade a justiça e o belo. Aristóteles dizia que a justiça era feita de uma atitude pacifica e que era melhor ser injustiçado do que ser injusto com o outro.

Carlos Minc

O secretário do ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, será o novo ministro do meio ambiente que ocupará o lugar da ex-ministra Marina Silva que pediu demissão.
A ministra elaborou vários projetos em proteção ao meio ambiente, porem todas as suas idéias foram recusadas. Dentre todas as idéias e lutas de implementar seus projetos, sendo que nenhum foi aprovado na câmera, no governo ainda como ministra, a gota d'água foi o PAS (Programa Amazônia Sustentável) proposto e aceito. Diante disso não foi mais viável a manutenção de seu cargo.
O secretário Carlos Minc que vinha se destacando na secretaria do ambiente do Rio de Janeiro, teve seu trabalho reconhecido e recebeu um convite para assumir o cardo de sua amiga Marina Silva.
O principal ponto de Minc, agora ministro é fazer o mesmo trabalho feito por ele no estado do Rio de Janeiro, que foi acelerar a liberação de licenças. Afirmou também que irá punir e vetar licenças a todos os produtores do amazonas que desobedecerem as regras de preservação. Afirmou que levará adiante a idéia de montar uma força nacional ambiental nos moldes da FNS (Força Nacional de Segurança), com o apoio do presidente Lula.
Adiantou que será rigoroso embora ágil na concessão de licenças. "Fui duas vezes mais rigoroso do que o padrão nacional no Rio de Janeiro”.
O novo ministro do meio ambiente levou sua secretária Isabela Teixeira, da secretaria do ambiento do Rio de Janeiro, que é, por ele mesmo, considerada pelo mesmo seu braço direito.
Minc esta em uma enorme gangorra que tem tudo para deixá-lo de castigo por muito tempo, caso algo ou ele mesmo, não siga o curso que melhor é esperado para o desenvolvimento do país. Como em toda a historia política de nosso país, tudo ficou em uma espécie de “um lava a mão do outro”, Minc concordou com o PAS, mesmo sendo contra todos os princípios dele, em troca de um aliado e um apoio maior dentro da câmara, foi uma jogada arriscada e, se funcionar muito vantajosa para ele e todo o Brasil no futuro.
O principal problema é saber se ele terá uma voz ativa frente aos problemas encontrados por ele, agora no ministério ou se simplesmente “abrirá as pernas” e aceitará as ordens dadas a ele pelo ministro Mangabeira Unger, chefe de Assuntos Estratégicos, que é quem verdadeiramente mando e controla o Brasil.
O atual ministro do meio ambiente terá pela frente os mesmo problemas que a antiga ministra possuía, Marina Silva lutou contra os transgênicos, a construção da hidrelétrica, transposição do Rio São Francisco, e muitos outros projetos, mas nenhum aceito pela câmara. Minc terá de conquistar a câmara se quiser ter a mesma eficiência que teve no estado do Rio de Janeiro, caso contrário terá o mesmo destino da que substituiu, por isso começou jogando e cedendo ao PAS.
Ele tem de ser um ótimo jogador de xadrez e um excelente estrategista para ganhar essa batalha, saber abrir mão de pontos de vista clássicos para receber em troca alguma vantagem.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Palestra da vereadora Aspásia

Vereadora Aspásia
A biologia tem relações ocultas estão, mesmo sem serem vistas, conectadas. Essa idéia pode-se associada com a estrutura política, porem na política um setor não se comunica uns com os outros.
12 instrumentos importantes na lei de 81, porem nem todos são utilizados, não se sabe muito bem como utilizar ou, pior, falta de investimento por preguiça. As empresas é que são responsáveis o trabalho de impacto ambiental, que de fato seria uma obrigação do estado de as realizarem em todo o território brasileiro.
Estamos vivendo a fase de praticas como o desenvolvimento sustentável, que emergiu na conferencia de 92. O desenvolvimento sustentável se tornou sinônimo de desenvolvimento, uma evolução de novas tecnologias para descobrir novos cominhos e menos impactos ao meio ambiente.
Proposta de lei
Coleta seletiva, reciclagem (desconstroi e canaliza separadamente e é reaproveitado como fonte de energia - lixo zer0) e seqüestro de carbono (é um processo de remoção de gás carbônico. Tal processo ocorre principalmente em oceanos, florestas e outros organismos que, por meio de fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera. É a captura e estocagem segura de gás carbônico (CO2), evitando-se assim sua emissão e permanência na atmosfera terrestre).
Desordem urbana é quando o ser humano não tem respeito e/ou a educação necessária e destrói o próprio patrimônio histórico que pertence não só ao povo em sim mas sim a toda a humanidade, a historia pertence ao mundo.
O biólogo não é a pessoa que criticará quem estiver errado, mas sim, explicará os pontos falhos e tentará buscar uma alternativa e soluções viáveis para resolver os problemas.

Visão pessoal:
Pontos falhos na apresentação, contradições, deveria ter se baseado em pontos positivos de sua “luta” de seus objetivos na câmara, por mais q as autoridades atualmente no poder possam estar erradas, não lhe cabe o dever de julga-las, ninguém nunca sabe o que é preciso fazer, ate o momento em que se tem de fazer.
Faltou expor suas idéias e projetos, argumentações não foram feitas, não serve de muito quando somos obrigados a escutar sem ter o direito da pergunta, virou um monologo onde o que pude presenciar foi uma linda e extraordinária peça de teatro.

Conselho nacional do meio ambiente(CONAMA)- Lei 6938/81

Art 1º - Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 235 da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
DA POLíTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento)
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
DOS OBJETIVOS DA POLíTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
Art 5º - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formuladas em normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, observados os princípios estabelecidos no art. 2º desta Lei.
Parágrafo único - As atividades empresariais públicas ou privadas serão exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.
DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
IV - órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 1º Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaboração normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.
§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada.
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico científico às atividades do IBAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art. 8º Compete ao CONAMA: (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluídoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
III - decidir, como última instância administrativa em grau de recurso, mediante depósito prévio, sobre as multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; (VETADO);
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de fiananciamento em estabelecimentos oficiais de crédito; (Redação dada pela Vide Lei nº 7.804, de 1989)
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.
Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o Presidente do Conama. (Incluído pela Lei nº 8.028, de 1990)
DOS INSTRUMENTOS DA POLíTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Art. 9o-A. Mediante anuência do órgão ambiental competente, o proprietário rural pode instituir servidão ambiental, pela qual voluntariamente renuncia, em caráter permanente ou temporário, total ou parcialmente, a direito de uso, exploração ou supressão de recursos naturais existentes na propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 1o A servidão ambiental não se aplica às áreas de preservação permanente e de reserva legal. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 2o A limitação ao uso ou exploração da vegetação da área sob servidão instituída em relação aos recursos florestais deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a reserva legal. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 3o A servidão ambiental deve ser averbada no registro de imóveis competente.(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 4o Na hipótese de compensação de reserva legal, a servidão deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 5o É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a alteração da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites da propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 1º - Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão publicados no jornal oficial do Estado, bem como em um periódico regional ou local de grande circulação.
§ 2º Nos casos e prazos previstos em resolução do CONAMA, o licenciamento de que trata este artigo dependerá de homologação do IBAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 3º O órgão estadual do meio ambiente e o IBAMA, esta em caráter supletivo, poderão, se necessário e sem prejuízo das penalidades pecuniárias cabíveis, determinar a redução das atividades geradoras de poluição, para manter as emissões gasosas, os efluentes líquidos e os resíduos sólidos dentro das condições e limites estipulados no licenciamento concedido. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 4º Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA o licenciamento previsto no caput deste artigo, no caso de atividades e obras com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
Art. 11. Compete ao IBAMA propor ao CONAMA normas e padrões para implantação, acompanhamento e fiscalização do licenciamento previsto no artigo anterior, além das que forem oriundas do próprio CONAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 1º A fiscalização e o controle da aplicação de critérios, normas e padrões de qualidade ambiental serão exercidos pelo IBAMA, em caráter supletivo da atuação do órgão estadual e municipal competentes. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 2º - Inclui-se na competência da fiscalização e controle a análise de projetos de entidades, públicas ou privadas, objetivando a preservação ou a recuperação de recursos ambientais, afetados por processos de exploração predatórios ou poluidores.
Art 12 - As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao licenciamento, na forma desta Lei, e ao cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos pelo CONAMA.
Parágrafo único - As entidades e órgãos referidos no " caput " deste artigo deverão fazer constar dos projetos a realização de obras e aquisição de equipamentos destinados ao controle de degradação ambiental e à melhoria da qualidade do meio ambiente.
Art 13 - O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao meio ambiente, visando:
I - ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos tecnológicos destinados a reduzir a degradação da qualidade ambiental;
II - à fabricação de equipamentos antipoluidores;
III - a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de recursos ambientais.
Parágrafo único - Os órgãos, entidades, e programas do Poder Público, destinados ao incentivo das pesquisas científicas e tecnológicas, considerarão, entre as suas metas prioritárias, o apoio aos projetos que visem a adquirir e desenvolver conhecimentos básicos e aplicáveis na área ambiental e ecológica.
Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:
I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTNs, agravada em casos de reincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios.
II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público;
III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
IV - à suspensão de sua atividade.
§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
§ 2º - No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao Secretário do Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias previstas neste artigo.
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou financiamento, cumprindo resolução do CONAMA.
§ 5o A execução das garantias exigidas do poluidor não impede a aplicação das obrigações de indenização e reparação de danos previstas no § 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 1º A pena e aumentada até o dobro se: (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
I - resultar:
a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente;
b) lesão corporal grave;
II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte;
III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em feriado.
§ 2º Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de promover as medidas tendentes a impedir a prática das condutas acima descritas. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA: (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
Art. 17-A. São estabelecidos os preços dos serviços e produtos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, a serem aplicados em âmbito nacional, conforme Anexo a esta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000)
Art. 17-B. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais." (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o Revogado.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as atividades constantes do Anexo VIII desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia 31 de março de cada ano relatório das atividades exercidas no ano anterior, cujo modelo será definido pelo IBAMA, para o fim de colaborar com os procedimentos de controle e fiscalização.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o O descumprimento da providência determinada no § 1o sujeita o infrator a multa equivalente a vinte por cento da TCFA devida, sem prejuízo da exigência desta. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 3o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-D. A TCFA é devida por estabelecimento e os seus valores são os fixados no Anexo IX desta Lei." (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o Para os fins desta Lei, consideram-se: (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
I – microempresa e empresa de pequeno porte, as pessoas jurídicas que se enquadrem, respectivamente, nas descrições dos incisos I e II do caput do art. 2o da Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
II – empresa de médio porte, a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) e igual ou inferior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais); (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
III – empresa de grande porte, a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual superior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais). (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o O potencial de poluição (PP) e o grau de utilização (GU) de recursos naturais de cada uma das atividades sujeitas à fiscalização encontram-se definidos no Anexo VIII desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 3o Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita à fiscalização, pagará a taxa relativamente a apenas uma delas, pelo valor mais elevado.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-E. É o IBAMA autorizado a cancelar débitos de valores inferiores a R$ 40,00 (quarenta reais), existentes até 31 de dezembro de 1999. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000)
Art. 17-F. São isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas federais, distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que praticam agricultura de subsistência e as populações tradicionais. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-G. A TCFA será devida no último dia útil de cada trimestre do ano civil, nos valores fixados no Anexo IX desta Lei, e o recolhimento será efetuado em conta bancária vinculada ao IBAMA, por intermédio de documento próprio de arrecadação, até o quinto dia útil do mês subseqüente.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Parágrafo único. Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o Os recursos arrecadados com a TCFA terão utilização restrita em atividades de controle e fiscalização ambiental. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Art. 17-H. A TCFA não recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas no artigo anterior será cobrada com os seguintes acréscimos: (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
I – juros de mora, na via administrativa ou judicial, contados do mês seguinte ao do vencimento, à razão de um por cento; (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez por cento se o pagamento for efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao do vencimento;(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
III – encargo de vinte por cento, substitutivo da condenação do devedor em honorários de advogado, calculado sobre o total do débito inscrito como Dívida Ativa, reduzido para dez por cento se o pagamento for efetuado antes do ajuizamento da execução.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o-A. Os juros de mora não incidem sobre o valor da multa de mora.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o Os débitos relativos à TCFA poderão ser parcelados de acordo com os critérios fixados na legislação tributária, conforme dispuser o regulamento desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-I. As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades mencionadas nos incisos I e II do art. 17 e que não estiverem inscritas nos respectivos cadastros até o último dia útil do terceiro mês que se seguir ao da publicação desta Lei incorrerão em infração punível com multa de: (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
I – R$ 50,00 (cinqüenta reais), se pessoa física; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
II – R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais), se microempresa; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
III – R$ 900,00 (novecentos reais), se empresa de pequeno porte; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
IV – R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), se empresa de médio porte; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
V – R$ 9.000,00 (nove mil reais), se empresa de grande porte. (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
Parágrafo único. Revogado.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-L. As ações de licenciamento, registro, autorizações, concessões e permissões relacionadas à fauna, à flora, e ao controle ambiental são de competência exclusiva dos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000)
Art. 17-M. Os preços dos serviços administrativos prestados pelo IBAMA, inclusive os referentes à venda de impressos e publicações, assim como os de entrada, permanência e utilização de áreas ou instalações nas unidades de conservação, serão definidos em portaria do Ministro de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta do Presidente daquele Instituto. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000)
Art. 17-N. Os preços dos serviços técnicos do Laboratório de Produtos Florestais do IBAMA, assim como os para venda de produtos da flora, serão, também, definidos em portaria do Ministro de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta do Presidente daquele Instituto. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000)
Art. 17-O. Os proprietários rurais que se beneficiarem com redução do valor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, com base em Ato Declaratório Ambiental - ADA, deverão recolher ao IBAMA a importância prevista no item 3.11 do Anexo VII da Lei no 9.960, de 29 de janeiro de 2000, a título de Taxa de Vistoria.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o-A. A Taxa de Vistoria a que se refere o caput deste artigo não poderá exceder a dez por cento do valor da redução do imposto proporcionada pelo ADA.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar do ITR é obrigatória.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o O pagamento de que trata o caput deste artigo poderá ser efetivado em cota única ou em parcelas, nos mesmos moldes escolhidos pelo contribuinte para o pagamento do ITR, em documento próprio de arrecadação do IBAMA.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 3o Para efeito de pagamento parcelado, nenhuma parcela poderá ser inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais). (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 4o O inadimplemento de qualquer parcela ensejará a cobrança de juros e multa nos termos dos incisos I e II do caput e §§ 1o-A e 1o, todos do art. 17-H desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 5o Após a vistoria, realizada por amostragem, caso os dados constantes do ADA não coincidam com os efetivamente levantados pelos técnicos do IBAMA, estes lavrarão, de ofício, novo ADA, contendo os dados reais, o qual será encaminhado à Secretaria da Receita Federal, para as providências cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-P. Constitui crédito para compensação com o valor devido a título de TCFA, até o limite de sessenta por cento e relativamente ao mesmo ano, o montante efetivamente pago pelo estabelecimento ao Estado, ao Município e ao Distrito Federal em razão de taxa de fiscalização ambiental.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o Valores recolhidos ao Estado, ao Município e ao Distrital Federal a qualquer outro título, tais como taxas ou preços públicos de licenciamento e venda de produtos, não constituem crédito para compensação com a TCFA. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o A restituição, administrativa ou judicial, qualquer que seja a causa que a determine, da taxa de fiscalização ambiental estadual ou distrital compensada com a TCFA restaura o direito de crédito do IBAMA contra o estabelecimento, relativamente ao valor compensado.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-Q. É o IBAMA autorizado a celebrar convênios com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal para desempenharem atividades de fiscalização ambiental, podendo repassar-lhes parcela da receita obtida com a TCFA." (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art 19 -(VETADO).
Art. 19. Ressalvado o disposto nas Leis nºs 5.357, de 17 de novembro de 1967, e 7.661, de 16 de maio de 1988, a receita proveniente da aplicação desta Lei será recolhida de acordo com o disposto no art. 4º da Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
Art 20 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art 21 - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, em 31 de agosto de 1981; 160º da Independência e 93º da República.