segunda-feira, 16 de junho de 2008

A utopia de um país

A utopia de um país todo, com um desenvolvimento sustentável é um projeto que deve ser muito bem elaborado e detalhado. Porém, tudo surge de uma simples idéia que tem de se desenvolver para atingir todas as necessidades e objetivos de uma sociedade, de todo um país.
Pensar em um desenvolvimento sustentável para todo o Brasil seria extremamente complexo e difícil. Por isso, baseando-se em fatos do inicio desse mês de junho, utilizo o monumental desmatamento da floresta amazônica como projeto. Com base neste fato, sugiro começarmos pensando no micro (região norte) e após, se bem sucedidos, pensarmos no macro (todo o país). Desenvolver um projeto que ao mesmo tempo seria um instrumento de fácil controle contra o desmatamento da região e também aumentaria exponencialmente o fluxo de capital e lucro da região norte.
O projeto se baseia, principalmente com a idéia de desenvolvimento sustentável, que por sinal seria bem melhor do que o P.A.S. (Projeto Amazônia Sustentável). Como base do projeto, teríamos um turismo ecológico, onde hotéis e/ou pousadas seriam desenvolvidas ecologicamente corretas, o que não seria muito difícil devido às condições ambientais da Amazônia (chuvas e clima constantes). Uma rede de hotéis espalhados, estrategicamente, pela floresta serviriam de pousada para os turistas e sues guias durante a noite e ao amanhecer seguiriam o passeio com caminhadas ate a próxima pousada e assim durante o período determinado no inicio do programa. Exatamente como um pacote de viagem, onde o nome do programa seria:
“TIRE SOMENTE FOTOS, DEIXE SOMENTE PEGADAS E LEVE SOMENTE LEMBRANÇAS”.
Com um estudo ambiental adequado na região na região, nós biólogos, determinaríamos:
Quantas pousadas poderiam ser instaladas com o menor impacto ambiental possível, em um ponto de vista estrutural;
Um numero fixo por período de turistas, guias e funcionários na região para assegurar o menor impacto ambiental só que agora por pessoas;
Um equipamento específico para o saneamento básico da região, tendo em vista que somente 23% de toda a população da região norte o possuem.
Instalar um equipamento de tratamento de água para não poluir os rios e o próprio solo.
Enfim definir/determinar a manutenção desse projeto, garantir que o impacto seja o menor possível, estabelecer que as pousadas fossem responsáveis pela preservação da área onde o seu hotel ficaria, com isso garantiriam a preservação da floresta, tendo em vista a manutenção e o aumento do fluxo de dinheiro e o aumento do lucro que os turistas trariam para a região. Os guias receberiam um treinamento adequado para saberem sobre a fauna, flora, as tribos indígenas que habitam a floresta, e histórias importantes da própria região e do Brasil.
Esse projeto além de ser super bem visto no exterior, seria de instrumento para disseminar informações, exportaríamos a cultura do Brasil por todo o mundo, com isso atrairia novos investidores e indústrias e aumentaria cada vez mais o lucro do projeto.
Um projeto como esse, se bem realizado em todos os aspectos, pode ser o início de uma transformação do modo como vemos a floresta. Teríamos além do ponto de vista de que só se desmatando se obtém lucro,ganharíamos também a visão de progresso com elas ainda vivas na floresta e sendo o cartão postal da propaganda de turismo sustentável.
Isso define desenvolvimento sustentável.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Monitores de Turismo Cultural da Zona Portuária do Rio de Janeiro

Temos o Prazer de convidá-lo(a) a participar da Aula Inaugural do projeto: Monitores de Turismo Cultural da Zona Portuária do Rio de Janeiro, no dia 14 de junho próximo, as 11h, no Centro Cultural José Bonifácio: Rua Pedro Ernesto, 80 – Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro.
O projeto o Rio de Janeiro.uaria visa à capacitação de 30 jovens na faixa etária de 15 a 20 anos, residentes na região da Zona Portuária do Rio de Janeiro, nas áreas de Cultura, Turismo e Arquitetura Urbana.
O curso focará a estrutura organizacional da região; na área técnica desenvolver-se-á trabalho de turismo cultural, cujas ações serão realizadas pelos monitores, inclusive, sensibilizando os turistas sobre a importância cultural da região.
Com isto, a presente proposta, além de contribuir para a preservação do Patrimônio Histórico, apresenta alternativa de geração de renda para os jovens das comunidades do entorno.Ao termino da aula inaugural, degustaremos um delicioso Bobó de Camarão.

domingo, 8 de junho de 2008

A verdade sobre Aracruz Celulose

Estudo feito pela Associação de Geógrafos do Espírito Santo afirma que a atividade da Aracruz causa fortes danos ambientais e também reclama da "apropriação de recursos hídricos" pela empresa papeleira.Aracruz, ES - A degradação de nascentes e rios e destruição de matas nativas no município de Aracruz foi registrada em detalhes por estudo feito pela Associação de Geógrafos Brasileiros, seção Espírito Santo. O estudo aponta assoreamento dos cursos d'água, contaminação das águas, a destruição dos rios. "O rápido crescimento urbano da sede de Aracruz produziu grande quantidade de esgoto, que passou a ser despejado sem tratamento nas nascentes dos rios e córregos próximos da área urbana, entre eles os rios Sahy e Guaxindiba. Essa evacuação in natura dos esgotos, somada a outras intervenções, como o represamento, desmatamento, produtos químicos e obstrução dos leitos por obras de engenharia para as estradas de transporte de eucalipto, acabaram com a vida desses rios", diz o documento.Os índios tupiniquins e guaranis conseguiram no ano passado a declaração de posse de 18 mil hectares ocupados pela Aracruz. Mas receberam de volta uma terra degradada. Eles ainda não decidiram o que fazer com os tocos de eucaliptos quando a Aracruz retirar a madeira para produzir celulose. Se tirarem os tocos, restarão os buracos. Nas proximidades da aldeia de Caieiras Velhas, o riacho Sossego está completamente seco. As encostas, tomadaspor tocos de eucaliptos.O tupiniquim Lauro Martins, 51 anos, afirma que a nascente era nas proximidades. "Começaram a derrubar o mato em 1970, com trator na chapada e a machado nas encostas. Logo, as nascentes começaram a secar. Antes, davapeixes como traíra, jundiá, piaba. Com os eucaliptos, secou tudo."Segundo os cálculos da associação de geógrafos, a quantidade de água consumida diariamente pela Aracruz Celulose localizadas na Barra do Riacho, no processamento e branqueamento da celulose, aproxima-se dos 250 mil metros cúbicos, o que equivale ao consumo diário de uma cidade de 2,5 milhões de habitantes. Questionada pelo Correio, a empresa não respondeu quanto consome de água, mas informou que, na unidade Barra do Riacho (ES), possui "abastecimento próprio" por represa de 47 milhões de m³ de água.O estudo afirma que o projeto Aracruz Celulose "está baseado na apropriação dos recursos hídricos por meio do domínio da terra. Nessa perspectiva, o controledos recursos hídricos é peça fundamental para a existência e expansão deste empreendimento. O domínio desses recursos se dá pelo monopólio da terra, pelocrescimento urbano e pelas atividades industriais". O trabalho foi coordenado pelo professor Paulo Scarim, na Universidade Federal do Espírito Santo.As conseqüências da transposição do Rio Doce também foram analisadas pelos geógrafos. Eles relatam que, na saída do rio para o canal artificial foi construídauma eclusa, que controla a quantidade de água que entra no canal. Ao longo desse duto existem outras eclusas que controlam a vazante da água. Essas eclusas comandam, portanto, o regime dos rio Comboios e Riacho de acordo com a necessidade da produção da fábrica."Dessa forma entende-se a inundação constante das terras indígenas de Comboios, a mudança da qualidade das águas e a diminuição dos peixes. De um regime fluvial natural de cheias e vazantes derivou-se um regime industrial", diz o estudo. Fotos aéreas de 1965, antes da chegada da empresa, demonstramque a região detinha a maior parte de sua área coberta pela Mata Atlântica.A análise dos estudos de impacto ambiental feitos em 1987 pelo Instituto Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo afirma que, "por meio da análise de fotos aéreas obtidas em 1970, verificou-se que pelo menos 30% do município de Aracruz era coberto por floresta nativa no início da década de 1970, que foi substituída por florestas homogêneas de eucalipto".O plantio nos territórios indígenas foi iniciado em 1967 pela Vera Cruz Florestal. Pouco tempo depois, foi criada a Aracruz Florestal (Arflo, que cuidava especificamente dos plantios da Aracruz. No início da década de 1970, écriada a fábrica Aracruz, que começou a produção de celulose com capacidade de 470 mil toneladas/ano.Em 1971, o biólogo Augusto Ruschi denunciava que espécies nativas da Mata Atlântica estariam sendo destruídas pela empresa: "As presentes espécies eram abundantíssimas nas matas que ligavam Santa Cruz a Aracruz, onde foram feitas e ainda continuam as derrubadas com dois tratores em paralelo, ligados por um correntão, que avançam sobre a floresta virgem e levam tudo de roldão. A cada dia são centenas de hectares, e após um mês, recebem fogo. Logo, com a calagem do terreno, vem o plantio do eucalipto".

Repórter Lúcio Vaz e fotógrafo Carlos Vieira do Correio Braziliense.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Desmatamento

Foram 1.123 km², praticamente a área do município do Rio de Janeiro (1.182 km²) ou cinco vezes a do Recife (218 km²) – e tudo isso em apenas um mês.
Esse foi o desmatamento observado na Floresta Amazônica em abril, segundo dados do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na segunda-feira (2/6).
Do total da área em que se verificou corte raso ou degradação progressiva, 794 km², ou 70,7%, estavam no Mato Grosso. Roraima aparece em seguida na relação dos estados da Amazônia Legal com mais desmatamento, com 284,8 km².
Segundo o Inpe, o sistema havia registrado 112 km² de desmatamento no Mato Grosso em março, mas em período em que 78% da Amazônia estava coberta de nuvens, sendo que 69% do estado não pôde ser observado pelos satélites – a cobertura de nuvens costuma variar muito de um mês para outro, assim como a localização das áreas encobertas.
Do total verificado pelo Deter em abril, 53% da Amazônia esteve sob nuvens, mas apenas 14% do Mato Grosso ficou encoberto. Isso indica que a oportunidade de observação no estado aumentou muito de março para abril.
De agosto de 2007 a abril deste ano, o sistema identificou 5.850 km² de área desflorestada. Entre agosto de 2006 e julho de 2007, um intervalo de tempo maior, foram 4.974 km².
Em operação desde 2004, o Deter foi concebido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e ao controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso como áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.
De acordo com o Inpe, é possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor Modis do satélite Terra/Aqua e do sensor WFI do satélite CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

www.portaldomeioambiente.org.br