O que mais falta para mudarmos nossos comportamentos e posturas em relação ao meio ambiente?
- Temperatura média do Tibet subiu entre 1 e 2 graus nos últimos dois meses. Montagem comparando geleira no Tibet em 1968 e em abril deste ano mostra efeito do degelo - Greenpeace
PEQUIM - A temperatura média no planalto tibetano subiu entre um e dois graus durante os meses de julho e agosto, em comparação com há registrada nos anos passados, informam as autoridades meteorológicas da região citadas neste domingo pela agência oficial "Xinhua". Devido a fenômenos meteorológicos como a mudança climática ou o "El Niño", o Tibet experimentou entre dezembro de 2006 e fevereiro de 2007 seu terceiro "Inverno Quente" dos últimos 25 anos, segundo dados da Estação Meteorológica da Região Autônoma do Tibet.
Desde julho, o Tibet enfrentou tempestades, granizo, inundações e deslizamentos de terra provocados pelas constantes chuvas, o que também afetou a vida de sua população, a produção agrícola e o transporte.
"Este tempo anormal levou a uma maior incidência de condições climática extremas na época de chuvas”
- Este tempo anormal levou a uma maior incidência de condições climática extremas na época de chuvas - explicou Jiala, responsável da estação.
De acordo com estimativas oficiais, as temperaturas nas regiões mais altas do Tibet estão subindo mais do que o dobro da média geral do planeta. Divulgada em julho, a descoberta reforça a tese de que as áreas mais elevadas em regiões tropicais e subtropicais estão passando por drásticas mudanças climáticas, semelhantes àquelas que estão ocorrendo nos pólos.
Geleiras podem desaparecer até o ano de 2035
Segundo a média apresentada em julho, no planalto tibetano, o aumento tem sido de 0,3 grau Celsius por década. Nos últimos 50 anos, as temperaturas no Ártico e na Antártica subiram, respectivamente, 0,2 e 0,5 grau Celsius por década, segundo estudos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).
O motivo desse rápido aquecimento, dizem os cientistas, é que as águas oceânicas ao redor dos pólos estão se elevando mais rápido do que em qualquer outra região do planeta. Nos trópicos, a temperatura das águas tem uma importância crucial. Quando essas águas, que já têm temperaturas naturalmente elevadas, ficam ainda mais quentes, por causa do aquecimento global, elas liberam mais umidade, que vai direto para as camadas superiores da atmosfera.
Outras pesquisas têm alertado que todas as geleiras na região central e oriental do Himalaia, algumas das áreas mais sensíveis no planeta às mudanças climáticas, podem desaparecer até o ano de 2035, se forem mantidas as atuais taxas de degelo. Se isso acontecer, o derretimento das geleiras ameaça o sul da Ásia com fortes enchentes, seguidas por secas igualmente intensas.
Publicada em 09/09/2007 às 18h49m
O Globo On-line, com agências internacionais; O Globo
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Dois terços dos ursos polares podem desaparecer até 2050!
Urso polar descansa no zoológico de Viena – Reuters
WASHINGTON - Dois terços dos ursos polares do planeta - cerca de 16 mil - podem desaparecer até 2050 por causa do acelerado derretimento das geleiras, segundo denunciou o U.S. Geological Survey, órgão de pesquisas geológicas dos Estados Unidos, em relatório publicado nesta sexta-feira.
Os dados do estudo foram compilados durante seis meses por cientistas americanos e canadenses atuando no Ártico. De acordo com eles, o gelo oceânico na região está desaparecendo mais rapidamente do que se previa. O objetivo principal do estudo é determinar se o urso polar deve ser incluído na lista de espécies em extinção.
Os cientistas concluíram que até metade deste século os ursos polares vão perder 42% da área que têm disponíveis para viver durante o verão no Pólo Norte, onde eles caçam e se reproduzem.
Até 2100, prossegue o estudo, a grande maioria dos ursos polares da Terra já terá desaparecido. Na entrada do próximo século, acreditam os pesquisadores, só haverá população da espécie na ilhas do Ártico canadense e na costa oeste da Groenlândia.
Em janeiro, o Serviço de Vida Selvagem e Pesca dos EUA propôs listar o urso polar como espécie ameaçada, de acordo com a Lei de Espécies em Risco, destacando que o animal precisa do gelo marítimo como plataforma para caçar focas, sua principal fonte de alimento. O estudo publicado nesta sexta-feira foi enviado ao órgão. Uma decisão sobre o tema deverá ser tomada no início do próximo ano.
Publicada em 07/09/2007 às 22h33m
O Globo On-line, com agências internacionais
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Mundo deve passar limite perigoso do aquecimento.
LONDRES (Reuters) - O mundo provavelmente vai ultrapassar o limite de aquecimento global que a União Européia considera perigoso, disseram na terça-feira cientistas britânicos ao apresentar os resultados de cinco anos de pesquisas. Mas nem todos os especialistas concordam com isso, embora fique claro que o debate já não é mais sobre se o aquecimento global está ocorrendo, e sim sobre quais serão suas conseqüências e o que se pode fazer.
Líderes da União Européia reiteraram em março a "importância vital" de limitar o aquecimento global médio a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. Com base nisso, o bloco europeu estipulou metas para a redução das emissões de gases do efeito estufa, mas o MetOffice, órgão meteorológico do governo britânico e responsável pelo novo estudo, duvida que tais metas sejam factíveis.
"Acho que está bem aceito que [a meta de] 2 graus C será superada", disse Vicky Pope, gerente do programa de pesquisas sobre mudanças climáticas do Hadley Centre, ligado ao MetOffice.
"Precisamos de informações muito mais precisas e detalhadas sobre como a mudança climática vai se dar no futuro", acrescentou ela.
Outros cientistas estão mais otimistas com as metas da UE. "Este objetivo ambicioso é justificável não só cientificamente, mas também como um imperativo econômico e ético", disse Hans Joachim Schellnhuber, diretor do Instituto Potsdam para a Pesquisa do Impacto Climático, em depoimento na segunda-feira ao Parlamento Europeu.
Os cientistas prevêem, por exemplo, que o aquecimento de 2 graus Centígrados seria suficiente para iniciar o degelo das calotas polares, com conseqüências graves e irreversíveis.
"Se ainda cortarmos as emissões, temos a chance de evitar que superemos os 2 graus C", disse Malte Meinshausen, do Instituto Potsdam, acrescentando que o estudo britânico é tão válido quanto os outros, mas ligeiramente alarmista.
Em grande parte devido à ação humana, a temperatura média do planeta subiu cerca de 0,7 C no último século, e outro 0,6 C deve ser inevitável, já que os oceanos estão absorvendo o aquecimento mais rápido das terras emersas.
O estudo do MetOffice custou quase 174 milhões de dólares, bancados pelos Ministérios de Defesa e Meio Ambiente. O programa também se destina a avaliar detalhadamente os impactos climáticos regionais e os riscos de uma catástrofe. Há sinais, por exemplo, de que a calota polar da Groenlândia está derretendo mais rápido do que se esperava, com implicações para o aumento global do nível dos mares.
"Trata-se de dar uma olhada em eventos de baixa probabilidade e alto impacto", disse Pope.
Plantão | Publicada em 11/09/2007 às 10h21m
Reuters/Brasil On-line
Por Gerard Wynn
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